Amigos! Nação Corinthiana! Na minha visão o primeiro Derbi deste ano de centenário do duelo, foi também o primeiro jogo oficial em que o Corinthians apresentou uma atuação digna de Corinthians, apesar de todas as dificuldades técnicas e circunstanciais da partida, como a infeliz expulsão de Gabriel. O placar de 1 x 0 numa jogada em que SÓ Maycon (o que deveria ter tomado o amarelo ao invés do vermelho do camisa 5) acreditou, revela o quão único é o futebol. Sou fã e comento vários esportes, mas SÓ O FUTEBOL pode reunir tais ingredientes, em um jogo onde quase a totalidade da posse foi adversária, em uma bola de garra e coração, vencemos um dos maiores clássicos do mundo. Como não amar o Corinthians? Como não amar o futebol?


A atmosfera do jogo era extraordinária, o barulho ensurdecedor, posso estar maluco. Mas notava os jogadores rivais olhando pra cima, pro lado, passando a mão no queixo, na cabeça. Todo aquele clima de "guerra" (no bom sentido) no estádio, sim, AFETOU emocionalmente os comandados de Baptista, que passaram a "aceitar" o jogo muito mais no físico, muito mais de entrega do Corinthians. A posse de bola era (segundo a estatística, pois visualmente não era o que parecia) mais do Palmeiras, mas era o Corinthians que era mais agudo, que teve uma finalização perigosíssima com Gabriel, que entrou sim, muito pilhado no jogo e a presença marcante no campo ofensivo, sim, incrivelmente, era do Corinthians, Corinthians que nas rodadas anteriores, havia jogado quase que "preguiçosamente" e com um poder de fogo quase nulo.


Veio então o fatídico lance. Não vou dizer que Gabriel estava fazendo uma partida "100% limpa e leal", já disse, o jogador entrou PILHADAÇO, deu umas duas chegadas fortes, uma delas a TV colocou na cabeça da galera que era pra amarelo, não acho, foi um lance "viril", mas que não teve a maldade percebida em lances de Melo e Veiga, por exemplo,

Eu pessoalmente creio que mesmo se o cartão fosse dado para Maycon como tinha de ser, a seguir nessa toada, teríamos três jogadores a menos na partida, o próprio camisa 5, além dos dois citados do lado adversário, providencialmente (mas talvez não corretamente) substituídos por Eduardo. Mas o fato irrefutável é que o juiz errou feio. Os amigos ficam com "raiva", por que eu sempre defendo que: "O árbitro não tem na visão um switcher de TV para ver o que veem as câmeras" e seguirei defendendo essa ideia. Mas Thiago Duarte (que parece o Sting do Police) é um juiz (incrivelmente elogiado em seu estilo por comentaristas de arbitragem) é um cara que GOSTA DE APARECER, com aqueles trejeitos de Armando Marques, fazendo com que todas as atenções se voltem a ele. E foi também muito intransigente ao ser orientado pelo bandeira e quarto árbitro corretamente e mesmo NÃO TENDO VISTO o lance, não ter tido a humildade de voltar atrás, prejudicando seriamente o Corinthians, afinal, o time era MELHOR no jogo até então.

Sinceramente não creio que o árbitro tenha ido para a partida com a intenção deliberada (e patrocinada pela CREFISA, como dizem os mais "emocionados") de prejudicar o Corinthians, inclusive, antes dessa palhaçada toda, a irritação com o árbitro era do adversário, por algumas decisões que não pareciam corretas a seus olhares. O que houve foi um erro patético e uma SOBERBA absurda, felizmente punida com a geladeira e revogada em termos de suspensão para nosso volante. Mas é preciso elogiar o árbitro em algumas posturas, ele falou com a imprensa e deu sua versão, o que é totalmente proibido pelas entidades que comandam o futebol, FOI HOMEM e anexou posteriormente á súmula a confissão do erro, possibilitando assim de forma irrefutável a revogação da suspensão. É essa a postura que a gente espera de quem erra, a coragem para ASSUMIR e arcar com as consequências e a grandeza de pedir desculpas. Mas é claro que só isso não vale, se quiser seguir a carreira, terá de querer APARECER MENOS e respeitar mais sua própria equipe de arbitragem e os envolvidos no espetáculo.


O jogo mudou de figura então na etapa final, quanto mais o tempo passava, mais fechado estava o Corinthians em duas linhas, impedindo assim a criação de jogadas por parte do adversário de uma maneira mais trabalhada. A bem da verdade, este mexeu de forma bastante conservadora, levando-se em conta o material humano que tem e a nossa condição, mas o principal é o mérito e não o demérito e o posicionamento na maioria das vezes foi excelente. Quando não, vimos que Cássio está de volta aos bons tempos de vez, após uma grande atuação ante o Audax, novamente agora ante o grande rival, é excelente ter dois goleiros desse nível.


O jogo caminhava para o fim, Cássio já tinha praticado duas grandes defesas no chuveirinho que era o que o Palmeiras conseguia fazer. Carille tinha mexido por mexer, era a impressão que passava: "Como assim, Moisés e Jô?" A verdade é que nem Carille sabe por que colocou esses caras, tu dizer que: "Colocou Jô pra 'ajudar na marcação'" é chamar o torcedor de imbecil. Tudo indicava um empate heroico sem gols, ou uma vitória adversária na marra, vencendo o ferrolho.

Mas perto do fim, os "Deuses do futebol" (E não foi "Mano Menezes" que inventou esse termo não, ele existe desde que minha bisavó era Miss) fizeram das suas, em mais uma das trocentas bolas levantadas pra área do Corinthians, ela foi espirrada pela defesa e sobrou no campo verde para Guerra, eis que sai um cidadão com a 30 nas costas correndo feito um maluco, era Maycon, que LIMPO e com uma arrancada e garra absurdas, tomou a bola do venezuelano, e precisou de duas roladas para deixar o desacreditado e esculhambado Jô livre, pra tocar embaixo das pernas do M1to Verde, Fernando Prass. Explosão da torcida, comemoração como que por uma nova final de mundial, emoção total na Arena Corinthians. De ambos os lados, o cúmulo da euforia de um lado, o da frustração de outro, jogadores rivais novamente incrédulos, olhando pra cima, pro nada, com a mão na cabeça, uma mistura de sentimentos que só o futebol e só um dos maiores clássicos do planeta, repito, podem proporcionar.

Esse 1 x 0 sim, valeu demais. Não só pela quebra do tabu, por ser sobre o sempre, maior rival. Mas por tudo que envolveu, toda a atmosfera do estádio, os fatos do jogo, o momento político do clube, o tabu, a condição adversária de campeão brasileiro. Todos os ingredientes de algo que o futebol nos dá todos os dias em que merecemos, O IMPONDERÁVEL. Obrigado Corinthians! Obrigado Futebol! Vamos encarar TODO JOGO, como encaramos este clássico. Sejamos SEMPRE, MALOQUEIROS E SOFREDORES, GRAÇAS A DEUS!


Rapidamente, sobre a permanência de Andrade. EU TAMBÉM sou opositor. EU TAMBÉM tenho um sentimento de frustração e revolta muito grande em relação aos rumos que ESTA ADMINISTRAÇÃO e o grupo de Sanchez tomaram. Mas eu não posso concordar com uma MANOBRA para tirar alguém do poder por DISCORDÂNCIA ADMINISTRATIVA, forçando uma RUPTURA INSTITUCIONAL no clube e conduzindo ao poder, Ser, de postura ainda mais suspeita, que inclusive deve explicações sobre DE ONDE SAIU O DINHEIRO para sua (fracassada) campanha á Câmara Municipal. Isso remete ao que aconteceu no Planalto, remete a um momento muito feio da história do país. Que está andando pra frente?? Sabemos todos a resposta, queremos ISSO pro clube que dizemos amar? Agora, se a deposição de Andrade forçasse uma eleição DIRETA e IMEDIATA, aí sim, mesmo sendo uma "manobra", teria meu total apoio. Por fim, "assinatura de contrato de estacionamento", ora, alguém iria atrás de impichar o Presidente caso as coisas estivessem indo bem, sob tal alegação? Era "manobra institucional", tal qual em Brasília.


Por fim, lamentamos profundamente o falecimento do pai do aqui sempre elogiado Camacho, em circunstâncias terríveis, absurdas, impensáveis. Sei bem o que é isso, perdi um pai aos 9 e a mãe aos 19, é uma dor, uma saudade tremenda. Que o atleta tenha forças pra seguir em frente e nos ajudar, seja em que condição for. Tenho certeza que todo o clima, toda a entrega, tem muito de energia pra ti Camacho e sua família, tenho total certeza de que está vitória incrível é pra ti. Força garoto!




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Imagens: GazetaPress



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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