Salve, pessoal, amantes da seleção brasileira e hoje mais do que nunca, amantes do futebol. O texto de hoje é dedicado a todos e todas que sentiram o que foi a tragédia do dia 29 de novembro de 2016. Porém, em várias situações na vida, você tem a chance de renascer. É a hora de ver o que este esporte chamado futebol nos reserva sobre o "renascer" da Chapecoense.

Já vimos equipes caírem demais, mas se recuperarem tempos depois. A missão da Chapecoense é muito mais do que isso. É voltar a ter uma equipe competitiva a curto prazo.  Quando a Chapecoense enfrentou times na Copa Sulamericana muitos diziam que "a Chapecoense é o Brasil". Hoje, o Brasil foi Chapecoense e continuará sendo por um bom tempo.

Mas vamos falar de futebol. Brasil e Colômbia se enfrentaram no Engenhão por um amistoso cuja renda serviu de arrecadação às famílias das pessoas que se foram no acidente aéreo. As duas seleções contaram com jogadores que não atuam na Europa e a maioria em equipes nacionais. Tite mandou a campo um time no 4-1-4-1 com Weverton, Fagner, Geromel, Rodrigo Caio, Fábio Santos, Walace, Dudu, Willian Arão, Lucas Lima, Robinho e Diego Souza.

Do lado colombiano, não havia as estrelas James Rodríguez, Falcao, Cuadrado, etc., mas tinha também uma equipe um tanto quanto perigosa, principalmente no setor ofensivo. Teo Gutierrez e Borja cuidaram de dar sustos na seleção brasileira.

Em clima de amistoso, o jogo começou com poucas chegadas, Brasil rodava a bola, mas não dava aquela investida. Tanto que somente após dez minutos, Dudu recebeu bom passe de Diego Souza, mas foi travado na hora da finalização. Depois desse lance, a Colômbia começou a mostrar as cartas do jogo, principalmente em cruzamentos. Em um deles, a bola acabou na trave esquerda de Weverton. Em outra jogada, Borja chutou cruzado, mas a bola foi para fora da meta.

A seleção brasileira criou apenas mais uma chance perigosa que foi um chute por cima do gol executado por Willian Arão após rebote de jogada envolvendo Robinho e Dudu. Um primeiro tempo pouco produtivo para a seleção brasileira.

Tite mudou o time na segunda etapa, colocou Diego no lugar do Robinho, Rodriguinho no lugar do Arão e Jorge no lugar de Fábio Santos. Diego veio para dar mais opção ao meio de campo e Rodriguinho para buscar mais jogadas na frente, auxiliando Lucas Lima que não estava em seus melhores dias. Logo no começo da segunda etapa, uma jogada de Rodriguinho para Fagner e de Fagner para Diego Souza que chutou para defesa do goleiro. No rebote, Dudu conferiu para as redes.

Dudu celebra seu gol com a camisa da seleção (goal.com)

A Colômbia não queria deixar barato o jogo e voltou a levantar suspiros do torcedor brasileiro, em cobranças de falta. Em uma delas, Weverton teve que buscar quase em seu ângulo esquerdo e na outra, Berrío acabou chutando cruzado para fora em uma "trapalhada" da defesa brasileira.

Tite mexeu novamente e colocou Gustavo Scarpa, Camilo e Luan, nas saídas de Dudu, Lucas Lima e Diego Souza. Camilo protagonizou bons lances no lado do campo e Scarpa conseguiu um belo arremate em cobrança de falta. De resto, o jogo não exigiu tanta força das duas equipes. Fim de papo.

Para falar de futebol, espero que algumas coisas da seleção brasileira não se repitam. Uma é um setor defensivo um pouco estabanado; pode ser por desentrosamento? pode. Espero que seja. Geromel e Rodrigo Caio não mostraram muita firmeza em sair jogando, algo que é necessário na seleção principal de Tite. A outra é a distribuição dos jogadores em campo, principalmente no ataque. Em várias oportunidades, os 4 jogadores da segunda linha de 4 estavam quase todos aglutinados no meio da intermediária. Isso em um amistoso não vale muito, mas se fizer isso em um jogo pra valer, as consequências podem ser graves; muitos espaços nas costas dos alas, cobertura incapaz e ineficiente do jogador responsável por marcar - Walace no caso. Não tinha visto nada parecido antes nas seleções do Tite e muito menos nos times que ele comandou.

Agora falando do "extrafutebol", belíssima atitude das duas confederações. Particularmente seria interessante um "jogo de volta" na Colômbia e bem que o Sr. Marco Polo Del Nero poderia viajar para lá para ser um "embaixador" da partida. Que tal?

Como foi mencionado lá em cima, já vi várias viradas no futebol. Espero que este esporte mostre por que a frase "futebol é mais que um simples esporte" é tão válida. Verde é a cor da Chape. Verde é a cor da esperança. A esperança de ver o time brilhar novamente. Alçar vôos cada vez mais altos, assim como Condá fez. Brasil não está de luto mais. Está verde, esperançoso, queremos ver o que você, futebol, nos reserva para mais essa bela história de superação. Para encerrar a matéria, uma foto que mostrou a união entre Brasil e Colômbia nessa tragédia.

Jogadores de Brasil e Colômbia perfilados para amistoso (El País)



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Leonardo Paioli Carrazza

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