Amigos! Nação Corinthiana! Foi confirmada na tarde desta quinta (15), o que queria a esmagadora maioria da torcida e também o grupo de Sanchez, a demissão após dois meses, nove jogos, 37% de aproveitamento dos pontos, com apenas duas vitórias, quatro empates e três derrotas, do técnico Oswaldo de Oliveira. Não entro no mérito da demissão em si, se era pra demitir, que fosse agora, no momento de início de temporada, de reconstrução do time. Mas o que deve ser debatido é que isto foi uma MANOBRA POLÍTICA, para salvar uma gestão, que muito mais do que Oswaldo ou Cristóvão. ela, a gestão do clube e a POLITICAGEM, são responsáveis pelo fracasso em um ano, de um time que era no mínimo o melhor do brasil em 2015. Será mesmo que ante todo este cenário, vale comemorar? É o que aqui vamos debater.


É fato que Oswaldo não conseguiu organizar o time, assim como Cristóvão. Mas essa seria uma missão possível? O Corinthians de 2016 tinha problemas em todos os setores, com Tite, a incrível organização fez com que apesar dos problemas, o time somasse pontos para o time figurar no antigo G4, pontos esses que acabaram salvando o time do risco de descenso (não que o time seja pra cair, mas o atual desempenho é de luta contra a degola).

Com Tite, o time já apresentava as terríveis falhas de marcação, a inexplicável marcação da bola nos lances defensivos, que surgiu após a perda da zaga titular com Gil e Felipe, ascendendo á titularidade, o SUPERESTIMADO (talvez por ser estrangeiro, adoramos quem não fala português) Balbuena e a eterna dúvida sobre quem com ele faria a zaga, Yago falhava repetidamente e acabou ficando fora dos planos, a melhor opção seria Pedro Henrique, mas quando este começou a falhar, o "lutador" Vilson ganhou a vaga e mesmo cometendo seguidos erros, seguiu no time até o final. Destaca-se também na questão da defesa, que nossos laterais são extremamente ofensivos, são pontas recuados a função de lateral, que por vezes se atrapalham e deixam livres as costas, marcando a bola. Cristian não correspondeu nas poucas chances que teve no aspecto defensivo, deixando muito espaço para os adversários criarem jogadas, fez boas partidas quando o time não era defensivamente exigido, melhorando a saída de bola e chegando de trás, mas defensivamente participou da lástima do setor em 2016.

Na meia, vimos alguns jogadores que não tiveram interesse algum em agarrar a chance de jogar num clube do tamanho do Corinthians, M. Gabriel é um exemplo clássico, jogou meia dúzia de boas partidas após longo banco no Santos e já foi considerado por uma crônica esportiva CARENTE DE PAUTAS como "craque", só se for com "ck". Mas de todo modo, esse sujeito acreditou que era mesmo craque e passou a jogar como e quando queria, se se sentisse desprestigiado, jogava com um sono terrível e matava chances de ataque do time, quando o comando técnico mudava (o que aconteceu três vezes) parecia renascer e encaixava um jogo de lampejos, pouco demais pro "craque" que foi pintado, algo que avisamos aqui que não era e fomos contrários ao alto "investimento". Giovanni coitado, não é mal caráter, mas não tem qualidade pra jogar no Corinthians, é só um velocista que foi alçado ao status de grande jogador sabe-se lá como. Marlone é o jogador dessa "safra" trazida que dá esperança, tem garra, tem qualidade, tem recurso técnico, sofreu com a pressão e com lesões, mas pode começar 2017 como titular e ser um dos símbolos desse time.

No ataque então, uma terrível falta de poder de fogo, mesmo quando por vezes, nos esforços de Fagner, Rodrigo e do próprio Marlone, eram municiados. Luciano não voltou bem da lesão que acabou o tirando do time em seu grande momento e foi embora. André, de mico acabou virando um bom negócio e a bucha está nas mãos de Jorge Jesus (técnico do Sporting/POR), mas o comando de ataque não se ajustou, ou melhor, NÃO EXISTIU. Lucca viveu alguns bons momentos no time, o que ocasionou o investimento na sua aquisição, porém seu futebol desapareceu após isso ocorrer, não o vejo como mal caráter, uma infeliz coincidência. Romero é ponta, e daqueles pontas que só sabe abaixar a cabeça e correr, não poderia mesmo dar certo no comando de ataque, apesar da garra. E o mais patético, foi o "investimento" em Gustavo, o "GustaGol" que não faz gol, que fez alguns golzinhos no Criciúma, mas logo no surgimento do interesse desta diretoria, a fonte de gols secou, a negociação prosseguiu e o que vimos foi um camisa 9 perdido, que não conseguia dominar uma bola, totalmente impotente, que nos rememorou os tempos de Clodoaldo. 



Ante essa realidade, fica difícil avaliar o trabalho pela não ida a libertadores em si, é a grande realidade. O time tem lacunas muito sérias na sua titularidade, quando mais em termos de elenco. Ficamos numa posição á frente de times inclusive com material humano mais interessante, por outro lado, a condução de trabalhos como no Botafogo e Atlético/PR, com material humano inferior foi muito superior, mas estes não tiveram quatro técnicos no ano, até isso esta gestão conseguiu subverter.


Mas a grande subversão está mesmo na POLITICAGEM. Embora tenha negado com veemência que tenha cedido á pressões e TROCADO SUA PERMANÊNCIA, pela demissão de Oswaldo, as informações de bastidores denotam isso de uma forma muito clara. O que é lamentável. Se as contas de Roberto de Andrade não merecem aprovação, isso não pode ser alvo de NEGOCIATA, isso não pode ser abafado por uma mera substituição de uma figura "ingrata" no clube. Deve se ir á fundo e constatadas irregularidades, efetuar o impeachment. Mas não, mais uma vez o que se viu foi o jeitinho, o acordo, a demonstração de que os INTERESSES PESSOAIS estão acima dos interesses do clube e o mais triste é que tanto na situação, como na oposição, não se vislumbra a mudança desse cenário macabro. O Corinthians diretivamente hoje, lembra muito Brasília.


Sobre nomes, há os que amam (e comigo se chateiam) Luxemburgo. Nosso ponto de vista sempre foi muito claro, se trata de um treinador que FOI VITORIOSO sim, NO PASSADO, um passado já distante. Mas que permitiu com que a SOBERBA tomasse posse de si e não se atualizou, há anos tem se mostrado um técnico absolutamente ULTRAPASSADO, mas não diminui a pedida salarial, não reconhece que o futebol mudou (se pra melhor ou pior é outra conversa, mas está diferente) em relação aos tempos onde FOI vencedor, além da difícil convivência pessoal, que tem o atrapalhado muito nos últimos anos, inclusive no último clube onde teve uma razoável passagem, o Flamengo. Se o nome for ele (é o nome para Sanchez, incrivelmente) é torcer para que ele tenha consciência de que o momento pessoal e do clube exige uma pedida salarial muito abaixo do que ele está acostumado, e de que é sua ÚLTIMA CHANCE de retomar a carreira como trinador, se chegar com a característica soberba, estará fadado ao fracasso e a se tornar mais um neste círculo vicioso de demissões após a saída de Tite.

Outros nomes são Guto Ferreira, que me agrada bastante, mas seria um desafio inédito para o treinador e demandaria TEMPO DE TRABALHO, que não foi dado em 2016 para os dois treinadores que aqui estiveram após Tite. Jair Ventura, que fez sim um grande trabalho no Botafogo, dando sequência ao trabalho de Ricardo Gomes, que tinha de todos no clube mérito na arrancada, mas inegavelmente dando uma nova perspectiva ao time. E começa a surgir o nome de Renato Portaluppi, se fala muito em currículo, o "Gaucho" tem no seu currículo conquistas, inclusive a recente Copa do Brasil com o Grêmio, sabe lidar com jogadores complicados e traria claramente um choque de filosofia nesse time, que é o que é preciso nesse momento, é um nome que pessoalmente, me agrada muito mais que o da foto. Sobre "supertreinadores" estrangeiros, acho difícil, tanto pela equação financeira, quanto pela questão de adaptação, não se questiona a qualidade de Paulo Bento, mas este não engrenou no Cruzeiro e caiu, e olha que ele fala português (de portugal), não creio que seja momento para grandes malabarismos, é hora de escolher um nome com fome de trabalhar e dar respaldo e material humano para este tentar fazer um 2017 diferente, apesar de tanta sujeira diretiva.


Por fim, é muito triste que uma data tão especial como esse 16/12, que marca a conquista do Bi Mundial, seja manchada por tantos desmandos e sordidez que temos visto nos bastidores do clube. Comemorar, rememorar sim, mas sempre com o foco correto, pressionando os que vem destruindo tudo que este clube alcançou nos últimos anos, o treinador era apenas a ponta do iceberg.




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Imagens: GazetaPress, Site Luxemburgo. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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