Amigos! Nação Corinthiana! Antes de mais nada, pra rechaçar qualquer problema que possa aparecer devido ao título do texto, a parte de qualquer rivalidade (boba) que possa haver entre paulistas e cariocas, cremos que é consenso em quem acompanha o futebol, a importância e o grande protagonismo que tem o Maracanã dentro do cenário do futebol, é nesse sentido que vale falar que esse jogaço foi "digno de Maraca". É evidente que o Corinthians é sempre mais do que digno desse palco, que historicamente nos deu muitas alegrias e resultados importantes.
E neste domingo (23) não foi diferente, uma atmosfera de final (apesar de meia dúzia de babacas terem cogitado que o time "facilitaria" pro Mengo) inclusive com hostilidade policial contra a torcida. Mas em campo, o que se viu foi um grande jogo, eletrizante, com os ataques se sobressaindo ante as defesas e um espetáculo realmente digno de aplausos. Pena a arbitragem ter influído (quero crer, de forma não-proposital) no resultado final de 2 x 2, com o bandeira validando o primeiro gol de Guerrero no jogo, em um lance de claríssimo impedimento. Mas isso não ofusca a importância do resultado, que veio após um revés sofrido (e também com graves erros de arbitragem) na Copa do Brasil, e ante um clima de descrença da crônica esportiva e até mesmo de grande parte do torcedor.
O jogo começou e foi durante toda a etapa inicial eletrizante. As primeiras chegada foram do Mengo, que teve até a correta anulação de um gol. Mas quem saiu na frente foi o Timão, em seguida, com Romero escorando o levantamento de Walter, a defesa adversária vacilante acabou deixando Guilherme livre pra ajeitar e bater da entrada da área pra abrir o placar. Porém, os "donos da casa" não se abateram e chegaram ao empate, pena que de forma irregular, três jogadores estavam em impedimento no lance, Guerrero, um deles completou de cabeça pro gol na cobrança de Diego.
O jogo seguiu eletrizante e lá e cá, com o Corinthians não se abatendo com o empate sofrido e dando trabalho a Muralha e sua defesa. Até que nos acréscimos, novamente estávamos na frente do placar. Numa linda jogada que lembrou áureos tempos, Romero foi ao fundo, Guilherme fez o corta-luz e quem iniciou a jogada apareceu pra concluir, Rodrigo, que vive um momento mágico recolocou o time na frente antes do intervalo.
Na volta do intervalo, Zé Ricardo precisando da vitória para o Rubro Negro foi ousado, tirando Mancuello e colocando Fernandinho, que deu bastante trabalho pela ponta esquerda. O Flamengo dominou os minutos iniciais e acabou chegando ao empate, novamente com Paolo, bola na área, a zaga novamente marcou a bola e após três toques de cabeça, num deles Walter salvou, mas no rebote o peruano mandou pra rede. Após o gol, o Corinthians em alguns momentos descia para o ataque, mas o time carioca acabou dominando as ações ofensivas.
Marlone entrou para dar novo fôlego ofensivo ao time, mas em seguida, num lance imbecil, Guilherme acabou (merecidamente) expulso com o segundo cartão. Ainda assim o time produziu alguns bons contra-ataques, inclusive com Marlone, porém sem sucesso. Mas pressão mesmo quem exerceu foram os donos da casa, mas como sempre, Walter estava lá pra operar grandes defesas, desta vez sob o olhar de Tite, pois é, olha um nome aí, professor.
Vejam, foi um grande jogo de futebol realmente, com emoção, com tensão, com os dois ataques sobrepujando as defesas, com grandes lances, personagens, enfim. O lance de impedimento no primeiro gol adversário foi muito claro, isso prejudica e interfere no resultado, são já cinco jogos pelo Brasileiro e a eliminação na Copa do Brasil em que há erros contra o Corinthians em um curto espaço de tempo, isso a grande mídia e os adversários não citam. A parte disso, em termos de volume de jogo o resultado foi justo, o Corinthians aproveitou bem duas das oportunidades que teve, o adversário teve mais chances, a defesa mais uma vez foi um "Deus nos acuda", mas Walter novamente salvou. O placar final faz até, jus a produção das equipes, mas fica esse sentimento de que houve um erro grave, que interferiu no resultado final e volta a reflexão que já no último texto fizemos, sobre a necessidade da profissionalização da arbitragem, além do recurso de desafio, em lances de impedimento ou mesmo se a bola passou ou não da linha de gol ou de fundo, o que não foi o caso nessa partida.
Em relação ao time, é evidente que é cedo pra fazer qualquer avaliação sobre o trabalho de Oswaldo de Oliveira, mas é um cara que busca conhecer o elenco e fazer mexidas coerentes e o importante, o time parece ganhar confiança para mostrar o melhor que pode ofensivamente, isso é o mais positivo. A se lamentar o erros defensivos que seguem, o time segue marcando a bola, como no segundo gol. E sobre linha, com arbitragens como as que temos visto, é errático treinar linha de impedimento. Compensa muito mais treinar o posicionamento de marcação homem a homem, que segue bastante deficitário.
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Foto: Globoesporte.
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