Olá fãs da velocidade! Estamos de volta nesse fim de semana para comentar o GP do Japão de Fórmula 1, corrida que sacramentou mais um título mundial de construtores para a Mercedes e encaminhou também o de pilotos. Nico Rosberg foi mais uma vez irrepreensível, manteve-se constante a frente do pelotão e contou com um erro de Hamilton para alargar ainda mais sua vantagem no mundial de pilotos. Acompanhe conosco o que de melhor aconteceu na 17ª etapa da Fórmula 1 em nossa crônica sobre o Grande Prêmio do Japão.
Lewis tentou dividir a chicane com Max, colocando por dentro na primeira perna. Só que Max não aliviou, esperou Lewis escolher o lado e fechou a porta (a exemplo do que fez com Kimi em Spa), forçando Hamilton a jogar o carro pra área de escape, evitando um choque fatal para ambos.
Depois de um grande equilíbrio na qualificação, o duelo entre Hamilton e Rosberg prometia ser a principal atração do domingo em Suzuka. Porém, a expectativa por uma briga entre as flechas de prata praticamente acabou antes da primeira curva. Lewis Hamilton largou muito mal, perdendo várias posições e fechando a primeira volta em oitavo. Enquanto isso, Rosberg manteve o primeiro lugar, seguido por Verstappen e um surpreendente Sergio Pérez, que ultrapassou quatro carros durante a largada!
Com um carro inferior aos times do ponta, o mexicano não foi páreo para Sebastian Vettel, que assumiu o terceiro lugar em pouco tempo. Ricciardo, que vinha logo atrás, não teve o mesmo desempenho e acabou ficando preso atrás da Force India. Räikkönen (punido por troca de câmbio) e Hamilton logo chegaram no australiano, formando um pelotão de respeito atrás de Checo.
A partir daí, começou a primeira rodada de pit-stops. A Mercedes trabalhou bem e devolveu Hamilton à frente de Räikkönen e Pérez, que por sinal protagonizaram uma bela ultrapassagem dupla na volta 14. Enquanto Pérez passava a Renault de Jolyon Palmer, Kimi pegou o vácuo do mexicano, ganhando a posição de Palmer e do próprio Pérez! Um bom momento em um excelente fim de semana de Kimi, que infelizmente acabou atrapalhado pela troca de câmbio, que lhe custou cinco posições no grid de largada.
Um pouco mais à frente, Hamilton superava Ricciardo e já conquistava o virtual quarto lugar da prova, 12 segundos atrás de Sebastian Vettel, terceiro colocado. Rosberg e Verstappen seguiam encabeçando a prova, sem serem ameaçados.
Com uma estratégia diferente (pasmem!), a Williams surgia em bons quarto e quinto lugares, com Bottas à frente de Massa. De pneus médios, ambos buscavam uma estratégia de apenas uma parada, diferente da de duas paradas, preferida pela maioria dos pilotos. Naturalmente, Bottas e Massa foram sendo ultrapassados por quem brigava por algo a mais na corrida, inclusive pela Force India, que mais uma vez apresentou um excelente ritmo de prova, até cair para a nona e décima posições, aonde permaneceria pelo resto do GP.
O fato de terminar a prova mais de 30 segundos atrás dos carros da Force India pesou bastante na avaliação do GP da Williams, porém é fato que dificilmente o time conseguiria algo a mais que isso. O time inglês é sabidamente inferior em termos de aerodinâmica à equipe indiana. Logo, numa pista como Suzuka, já era esperado que Massa e Bottas terminassem atrás de Pérez e Hülkenberg. De qualquer forma, o time ainda conseguiu salvar 3 pontos para o mundial de construtores, e espera contar com um pouco de sorte nos últimos GPs para superar os indianos na luta pelo quarto lugar.
Era chegada a segunda rodada de pits. Hamilton parou cedo e conseguiu imprimir um excelente ritmo, ganhando a posição de Sebastian Vettel, que voltou de pneus macios. O alemão por sua vez não conseguiu atacar Lewis, que tirava quase um segundo por volta de Verstappen. Alucinado, Hamilton vinha para o tudo ou nada, sabendo que precisava do segundo lugar para manter viva (mesmo que mínima) a esperança de título.
E não deu outra. Hamilton chegou em Verstappen com menos de 10 voltas para o fim, ficando também apenas cinco segundos atrás do líder Nico Rosberg. Porém, o holandês suportou muito bem a pressão de Lewis, mantendo uma distância segura até a penúltima volta, quando aconteceu a manobra mais discutida do fim de semana.
Lewis tentou dividir a chicane com Max, colocando por dentro na primeira perna. Só que Max não aliviou, esperou Lewis escolher o lado e fechou a porta (a exemplo do que fez com Kimi em Spa), forçando Hamilton a jogar o carro pra área de escape, evitando um choque fatal para ambos.
Mais uma manobra arrojada do menino holandês, que dá mais uma amostra de sua personalidade forte, não se deixando intimidar pelo atual bicampeão mundial. Max, mais uma vez, arriscou. Colocou em xeque seu segundo lugar consecutivo e a boa corrida de recuperação de Hamilton, propiciando um momento que valeu a madrugada em claro de muitos fãs de Fórmula 1. E é assim que tem que ser. Pilotos buscando o seu limite e o limite de seus carros é a essência do automobilismo, além de que Max não burlou o regulamento, afinal só mudou de posição uma única vez. Não há necessidade de punição, afinal não houve nenhuma regra, de fato, infringida por Verstappen.
No fim, vitória tranquila de Nico Rosberg, seguido por Verstappen e Hamilton. Vettel ainda terminou em quarto, muito atrás de Lewis. Räikkönen ainda fechou à frente de Ricciardo, garantindo o quarto lugar no mundial de pilotos.
Grande prova de Nico Rosberg, que manteve um bom ritmo durante tod a prova e não foi ameaçado em nenhum momento. O alemão abre agora importantíssimos 33 pontos de vantagem para Hamilton, restando apenas 100 em disputa. É a grande chance para Nico se sagrar campeão do mundo, numa temporada onde vem se mostrando muito mais maduro dentro da equipe Mercedes. Cometendo menos erros e suportando a pressão, Rosberg faz uma temporada digna de campeão do mundo, ainda que não tenha o talento nato de Hamilton.
No mundial de construtores, a Mercedes apenas oficializou seu tricampeonato, deixando o foco total nas lutas entre Red Bull e Ferrari pelo segundo lugar (por enquanto os austríacos "lideram" com 50 pontos de vantagem) e Force India e Williams pelo quarto lugar (134 a 124 para os indianos).
Confira o resultado do GP do Japão:
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