Caros palestrinos, mais um Papo de Torcedor do Verdão aqui para relatar a vitória de virada no choque-rei neste 7 de setembro de 2016. o jogo foi disputado no Allianz Parque e mexeu demais com os sentimentos dos torcedores. Da apreensão até a raiva, depois veio a esperança do "vai que dá" e no final uma sensação de que o time encontrou dificuldades, mas brilhou em alguns aspectos. A defesa deu alguns espaços excessivos durante a partida, mas no ataque foi brilhante. Não foi defesa que ninguém passa, mas sim, defesa que resolveu um jogo importantíssimo.

Clássico é sempre difícil, não importa o momento adversário. O São Paulo veio ao Allianz tentar "estragar" as pretensões alviverdes, mas também se estabilizar na tabela. Veio fechadinho, jogando um futebol "feijão com arroz", apenas destruindo as jogadas. Já o Palmeiras vinha de vitória e precisava confirmar o favoritismo no clássico; porém, duas coisas me intrigaram: ou o time sentiu muito o peso do favoritismo, ou parte do grupo não assimilou a "ida" do Cuca para a China.

Por que digo isso? Palmeiras era destruído facilmente pelo São Paulo, tanto que a única boa chance que teve na primeira etapa foi com Rafael Marques que chutou meio sem ângulo e Dênis foi bem. Allione estava muito parado, perdia facilmente a bola e apenas Dudu ia bem no setor ofesivo, buscando jogo, etc. São Paulo encolhido, buscava levar perigos nos contra ataques puxados por Kelvin e por vezes Thiago Mendes.

Palmeiras precisava mudar na segunda etapa. Foi para cima do São Paulo, lembrando as boas atuações, mas Kelvin deitou no lado do Jean, rolou pro meio da área e Chavez deixou o tricolor em vantagem. Palmeiras nervoso, pouco conseguia criar. Precisava ter cabeça no lugar. E teve. No lugar certo.

Falta assinalada na intermediária ofensiva do Palmeiras, Jean levantou e Mina em posição irregular (por menos de 10cm acredito eu) testou para o fundo das redes de Dênis. Aquele desespero de precisar buscar o resultado agora se transformou em um "vamos que vai dar". Cuca então resolveu mexer e colocar nosso menino de ouro, Gabriel Jesus no lugar do apagadíssimo Allione.

Palmeiras cresceu na partida, novamente colocou a cabeça no lugar para Vitor Hugo desempatar o jogo e virar o placar. São Paulo ainda teve algumas subidas perigosas no ataque e jogadas estabanadas de Zé Roberto assustaram um pouco. Cuca mexeu para recuar o time, visto que precisava conter um pouco as investidas do tricolor paulista; sacou Moisés e colocou Thiago Santos. Para aumentar a posse de bola, colocou Cleiton no lugar do Gabriel.

Fato curioso que Gabriel Jesus foi muito bem. Brigou por todas as bolas, correu, marcou e por muito pouco não fez um gol em ótima defesa de Dênis. Em clássicos, parece que tudo conspira contra o menino deixar seu tento, mas jogou bem. Fim de papo.

Palmeiras assustou. Em termos de futebol jogado o time foi bem abaixo, lembrando inclusive jogos do campeonato Paulista, daquela sequência maldita de 4 jogos com derrota. Time um pouco afobado, muitos passes de lado e poucas infiltrações. Dá a margem para pensar em algumas coisas como "não aceitar declaração do treinador", ou então simplesmente não conseguir passar o favoritismo para dentro das quatro linhas.

Fato que depois que o Jesus entrou em campo, o Palmeiras foi outro. Mas quem brilhou foi o sistema defensivo no setor ofensivo. De Jean para Mina e depois Vitor Hugo virando o placar. Uma vitória que tem que ser valorizada pelo resultado, diante de um valente São Paulo, que jogou dentro de suas limitações e complicou muito.

Agora mais uma pedreira; Grêmio fora de casa, sem Jean e sem Mina suspensos. Teremos que ralar bastante.
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Leonardo Paioli Carrazza

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