Amigos! Nação Corinthiana! Pois é, encarar o Santos na Vila jamais foi fácil, jamais tivemos obrigação de vencer lá dentro. Mas o resultado de derrota por 2 x 1 na tarde deste domingo (11) deixou um gosto amargo, pois fizemos um primeiro tempo muito bom e tínhamos claras condições de vencer. Mas o adversário cresceu na etapa final. Muito se coloca na conta de Cristóvão, mas que banco ele tinha para fazer a equipe reagir a um momento de dificuldade? Estamos sim na luta pela vaga na Libertadores e quem sabe até pelo título. Mas os poucos do meio pra frente que temos no elenco precisam acordar e ajudar o time e o treinador, manter um nível de competitividade. Não se chega a lugar nenhum com um jogador destoando positivamente, mas com outros deixando a desejar. Enquanto isso seguir ocorrendo, seguiremos oscilando.


Como já dito, o jogo começou muito bem para o Corinthians, com o time marcando alto, trocando bem os passes. Cristóvão resolveu fazer algo diferente, abrindo o time sacando Cristian e jogando sem um volante de proteção á defesa, com Camacho e Rodrigo á frente da zaga. Um movimento que funcionou justamente pela compactação e aplicação tática do time na etapa inicial, mas que não vai funcionar se o time não estiver "no mínimo" 100% aplicado, como vimos na etapa final da partida. Voltando ao primeiro tempo, apesar da maior posse de bola adversária, eramos mais incisivos, Rodrigo sempre chegava á frente e Marlone era mais uma vez o grande destaque, novamente e surpreendentemente (não fazia isso no Sport) atuando pela direita. E foi numa dessas jogadas, uma bela tabela com Rodrigo que saímos na frente do placar. Seguimos melhor até o fim do primeiro tempo, o que dava a esperança de uma rara vitória dentro do alçapão, mas isso se revelou ilusão.


Na etapa final o Peixe voltou com uma atitude diferente, vindo pra cima. Nossa marcação (empurrada ou não para trás, há controvérsias) ficou muito recuada e com isso o time da casa ganhou espaços para nos encurralar. Perdemos força ofensiva, a verdade é que Lucca, Gustavo e Giovanni não faziam um bom jogo, nossa força ofensiva era com o apoio de Fagner e com os que tabelaram para o gol. Quando era preciso uma participação efetiva de todo o time, nos mostramos com três jogadores a menos, o que nos encurralou na defesa.

Vendo o momento que a partida trazia, de pressão do adversário. Cristóvão resolveu tirar o centroavante, para talvez tentar deixar o ataque mais leve, propício ao contra-ataque, colocando M. Gabriel em sua vaga. Este que (junto á Guilherme e Giovanni) é da turma que se acha craque, entrou e foi totalmente inútil. O treinador coloca, não é responsável pelo que o cara vai conseguir fazer. Não é responsável também por IRRESPONSABILIDADES, como a de Vilson. TRANCO NAS COSTAS É FALTA e dentro da área é pênalti SIM. Não temos o que reclamar de arbitragem, além do fato de que estava bem colocado. Aliás, se fosse Yago todos iriam querer "matá-lo", onde está a coerência? Vilson foi irresponsável e deu um gol a um adversário fortíssimo, apesar dos desfalques.

Com o empate no placar Cristóvão tinha uma única opção de ataque no banco, Romero (ao fim vamos informar as opções que o treinador tinha) e resolveu (justificadamente no meu entendimento) guardar essa opção pra um momento posterior. Tirou "ninguém" para colocar Willians, mas este entrou perdido, querendo desbravar o mundo com descidas inúteis ao ataque, desguarneceu a cabeça da área e não tornou o time defensivamente mais seguro, pelo contrário. Viria já perto do fim o golpe letal, o pequenino Fagner não conseguiu marcar Renato na cobrança de escanteio e veio o gol da vitória. Considero uma irresponsabilidade um "semi-anão" marcar bola parada defensiva. Aí sim é responsabilidade do treinador. Entrou então Romero no fim e não teve muito tempo para tentar algo, uma pressãozinha desesperada na base do "Bumba meu Boi" no fim, que não rendeu resultado. Derrota, que reflete ainda uma insegurança deste grupo.



Vejam, não estou aqui isentando Cristóvão de responsabilidades. O que busco é pensar com a cabeça correta. Buscando entender a cabeça do treinador e não querendo inventar opções, táticas e alternativas inexistentes e incabíveis. É preciso questionar, foi o Santos que voltou do intervalo partindo pra cima, ou foi apenas após a substituição que isso ocorreu? Ninguém aqui é "dono" da verdade, use SEU SENSO CRÍTICO pra avaliar isso.

A primeira mexida é compreensível, quem disser que Gustavo estava funcionando que me desculpe. A intenção era boa, três jogadores leves e habilidosos na frente pra envolver o adversário no contragolpe, pena que só um estava com disposição. Depois, Cristóvão estava entre a cruz e a espada, o banco tinha: Walter, Vidotto, Lèo Principe, Arana, Cristian e Jean além do camisa 5, ou seja UMA única alternativa ofensiva. Considerando que ganhar na Vila é complicado e que o empate manteria boa vantagem, o técnico decidiu tentar reforçar a defesa, talvez com o cara errado, mas se Cristian não vem bem e Jean tá chegando, é válido. Não funcionou, mas se analisarmos bem, são conjunturas normais, a única peça ofensiva era Romero, fazia sentido guardá-lo pra um momento posterior da partida, talvez sua entrada ocorreu tarde demais, aí sim cabe a grande crítica.


Mas sendo até um pouco repetitivo, a crítica de verdade deve cair sob os ombros de quem permitiu que o time chegasse nesse estágio de ter apenas duas peças ofensivas para o banco (desfalques, enfim). Além de jogadores que rendem menos do que podem, ou pior, acham que são superiores ao que de fato são. As opções que temos são essas por culpa do grupo diretivo que aí está, que precisa ser duramente cobrado, com o afinco que o técnico é cobrado, até por que não é o técnico que some em campo, que joga displicentemente. Cobre-se sim do técnico que dê um choque em jogadores como Giovanni, M. Gabriel, Lucca e o não relacionado Guilherme, para que acordem e deem o seu melhor. Por mais dedicados que sejam, sozinhos Marlone e Rodrigo não conseguirão nos levar a lugar nenhum. Faltou sim, acreditar que a vitória era possível e ter uma postura mais firme na etapa final, mas isso passa por um esforço de TODOS em campo e isso não está acontecendo.



Curta nossa página: Jovens Cronistas! (Clique)


Foto: GazetaPress. 




Compartilhe:

Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours