É amigos, infelizmente não deu pra nossa seleção feminina de futebol, após o empate em 0 x 0 ante a Suécia, a goleira Lindahl que já havia sido destaque no tempo normal, decidiu nos penais com duas defesas e encerrou o sonho do ouro em casa.


O Brasil dominou as ações durante toda a partida. Uma espécie de armadilha montada pela genial treinadora Pia Sundhage, bicampeã olímpica, que usou a mesma tática do duelo onde eliminou os EUA, uma defesa muito sólida. Que quando era vencida pelo time de Vadão, encontrava uma goleira mais do que inspirada á sua frente. Mesmo com Marta novamente chamando o jogo e criando muito, o time brasileiro não conseguiu durante o tempo normal e a prorrogação transpor essa atuação defensiva adversária e o jogo foi para a prorrogação.

Na prorrogação, as suecas até esboçaram alguma ousadia no início. Vadão finalmente foi pro tudo ou nada colocando Cristiane, na esperança de ter a alternativa ofensiva que faltava, sem a camisa 11 o time virou um "dar a bola em Marta", o que evidentemente não vai funcionar sempre. Mas infelizmente a centroavante acabou não sendo acionada, tivemos uma grande chance em falta com Marta na prorrogação, mas após outra grande intervenção da goleira sueca, o jogo foi cozinhado até os penais.

Nos pênaltis perdemos duas, Cristiane bateu muito mal e parou na goleira. Bárbara foi muito bem em quatro dos cinco penais, mas pegou um magistralmente, o que não foi suficiente, pois Andressinha parou na última cobrança brasileira em uma defesa magistral de Lindahl pra fechar uma exibição épica. O time brasileiro disputa ainda a medalha de bronze.


Seguindo a linha do que foi comentado em nosso último Resumão Olímpico (acompanhe a mais recente edição), não se pode qualificar como fracasso tal resultado. Essas meninas são heroínas, são guerreiras, o futebol feminino além de não ter apoio é ainda alvo de preconceitos (tudo nessa "pátria" parece ser motivo de preconceito) absurdos, como o demonstrado pelo animador de TV Milton Neves, mas enfim, esse NÃO é do ramo esportivo, é do ramo do humor e de péssimo gosto. Mas o preconceito cretino está longe de ser apenas dele, e se mostra a única explicação pra que ainda não haja o desenvolvimento adequado também da modalidade feminina é esse, afinal, temos talento, temos possibilidades enormes de sermos potencias no feminino, é o esporte que move o país, enfim, não dá pra entender.

Existe um embrião de uma Liga Nacional, que precisa ser aperfeiçoado, os clubes precisam ser fomentados, estimulados a ter um departamento de futebol feminino forte e é fundamental que haja um calendário que compreenda toda a temporada. Além do aspecto que vale para todas as modalidades olímpicas, é preciso que nossos atletas tenham estrutura e apoio DESDE A BASE, "apoiar" depois que já são atletas de alto rendimento após muito sofrimento e ainda por cima colher os louros disso, é muito fácil. Temos uma geração de meninas muito boas, mas sem protagonismo, vamos sofrer nos próximos ciclos com a questão da renovação, nesse sentido é que essa conscientização e essas medidas se fazem cada vez mais urgentes.



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Foto: AFP 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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