Amigos, que momento espetacular vivemos na noite desta sexta (12) nos jogos Rio 2016,  após o 0 x 0 nos 90 minutos, as meninas do Brasil superaram a força física adversária, o cansaço e a tensão extrema da disputa de penalidades para vencer a Austrália e avançar as semifinais do futebol, graças á Bárbara, que pegou duas cobranças. Antes porém, gostaria de convidar a todos para também acompanhar nossa análise do dia no nosso Resumão Olímpico (Clique).


Foi um jogo muito duro, na etapa inicial a força física das adversárias falou mais alto, chegamos pouco graças a uma forte marcação pressão e muito vigor das rivais, que inclusive chegavam bastante duro em todas as divididas. Da metade do primeiro tempo em diante, o time brasileiro conseguiu se fazer mais presente no campo de ataque, porém sem Cristiane, não tinha poder de finalização.

Na etapa final o time comandado por Vadão enfim conseguiu impôr seu melhor jogo, sufocando as adversárias, que bloqueavam bem a entrada da área para segurar o empate. Marta em duas arrancadas espetaculares poderia ter resolvido, mas acabou não conseguindo finalizar bem e o jogo foi pressão até o final da prorrogação, que culminou com a tensão dos pênaltis.

Cobranças perfeitas de parte a parte, muita categoria, até que na última série o pesadelo, Marta (claramente sem pernas) bateu no cantinho, mas sem força e parou na goleira adversária, era a deixa para brilhar a estrela de nossa heroína, que fez defesas literalmente bárbaras. A primeira defesa importante e decisiva, a segunda defesa na oitava série de penalidades foi simplesmente genial, um chute no canto baixo, muito difícil que nossa arqueira foi buscar, pra delírio do Mineirão, que exorcizou o fantasma de 2014.



Muito se fala da diferença entre as escolas no futebol feminino, o Brasil tem a habilidade pura, as escolas europeias e a principal da categoria, a americana, conseguem aliar uma capacidade física muito alta, com a qualidade técnica. Já a Austrália tem como grande trunfo o porte físico e quase nos venceu. A Suécia que tem uma treinadora bicampeã olímpica com os EUA, certamente vai explorar isso, não podemos nos iludir com o 5 x 1 da estreia, elas jogarão como contra as americanas (que por elas foram eliminadas após 1 x 1 no tempo normal e penalidades), vão jogar por uma bola ofensiva e fechar-se na defesa, jogo muito similar ao que a própria Austrália fez conosco. Sair na frente, se possível cedo como na fase de grupos, jogando a responsabilidade para as rivais, pode ser um grande passo para chegar a decisão.

Outra situação que é preciso se observar para finalizar, é que Vadão tem totais méritos com esse time, é um grande treinador, mas precisa por vezes enxergar e utilizar alternativas de banco, faltou mais presença e penetração do nosso ataque neste jogo, Marta chamou praticamente sozinha a responsabilidade e isso poderia ter sido diferente, caso o treinador tivesse colocado Andressinha antes, tivesse colocado Raquel no jogo e talvez até mesmo utilizado Érica no ataque, posição onde a jogadora começou a carreira e poderia dar uma presença de área que não tivemos. É preciso estar atentos a isso, pois se tivéssemos sido eliminados com duas substituições na manga, sendo que uma das substituições possíveis foi feita de forma tardia, o treinador certamente seria severamente cobrado.



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Foto: Getty. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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