Amigos! Nação Corinthiana! Estamos de volta para analisar o rescaldo de dois confrontos clássicos, primeiramente a derrota ante o CAP no Sul, onde o time jogou até que bem (apesar da terra arrasada que se faz á cada ponto perdido) mas acabou sucumbindo em meio ao detalhe decisivo do poder de ataque, algo que eles tinham e nós não. E um duelo ante o Cruzeiro, um adversário que está na zona de rebaixamento, mas tem condições de sair dela apesar de limitações importantes que tem, pois não são limitações exclusivas, todos os times no campeonato as tem, inclusive os postulantes ao título, dentre eles o Corinthians. O que ficou explícito após definido o resultado de empate do jogo.



No meio de semana o Timão foi até o Sul encarar o CAP, fez um jogo até que interessante, de igual durante os 90 minutos, mudando um pouco o esquema acabou centralizando demais o jogo, desprivilegiando um pouco do que tem de melhor que é justamente o jogo pelas pontas. Marlone foi finalmente utilizado, mas de forma tardia, teve poucos minutos pois quando o time perdeu M. Gabriel, o técnico Cristóvão acabou optando por Guilherme, que entrou naquela tiriça que lhe é peculiar, de pensar ser craque.

O resultado foi de derrota por 2 x 0, que não exatamente condiz com o que foi aquele jogo. Porém, o que vale é bola na rede e o Atlético/PR tinha um cara com capacidade para fazê-lo que era Walter, enquanto nós tínhamos Lucca e depois Luciano perdidos. Ninguém gosta de perder, mas mesmo se tivéssemos 11 (jogamos sem ataque em 2016) seria um jogo complicado, "paciência".



No dia alternativo (que por sinal, tem nossa aprovação) da segunda, o nosso time reencontrou-se com a Saudosa Maloca, o Pacaembu, com Mano Menezes do outro lado (felizmente) e com o Cruzeiro, que nesse novo comando busca desesperadamente sair da zona da degola. O jogo começou muito bem, com gol de Giovanni Augusto que pode ajudá-lo a retomar a confiança, com o time voltando a atacar mais pelas pontas, chegando a dar a ilusão de que poderia fazer o tal do saldo que precisava pra liderar (como se isso importasse agora), mas a realidade mostrou-se outra.

O time do meio do primeiro tempo pra frente entrou numa de administrar a partida e acabou se perdendo, o Cruzeiro passou a partir pra cima, a ter a posse. E já no segundo tempo, em uma dessas jogadas trabalhadas chegou ao empate num belo gol de Ábila. Tardiamente de novo, Cristóvão usou Marlone melhorando o time, mas ouviu vaias por tirar Romero que poderia ser improvisado centralizado á esta altura, já que André não existe, antes, o treinador fez uso de outra peça que não existe, o camisa 10 que pensa ser 10 e pensa ser craque, mas jamais será nenhum dos dois de fato. Com isso ainda tivemos minutos finais de alguma qualidade com o camisa 8 pela esquerda, mas o jogo terminou mesmo em 1 x 1 e poderia ter sido pior.

Poderia ter sido pior, por que foi pênalti no lance pouco depois do gol na etapa inicial sobre o adversário. Não era um lance fácil pela velocidade e por que o árbitro não tem as imagens da TV, mas foi. Talvez o árbitro não marcou por que o jogador tentou seguir no lance e ao não conseguir caiu, mas isso não anula o toque de Cássio no joelho do adversário, erro, como tantos que ocorrem na competição. Também poderia ter sido pior por essa postura de passividade que a equipe adota em vários momentos, dessa vez foi após sair na frente do placar e pela falta de opção de comando de ataque, problema que já não tem solução efetiva.


Nesse sentido apesar de ser o caminho mais fácil e tomado pela maioria. Minimizo um pouco esse protagonismo dado por grande parte da torcida á Cristóvão em relação aos jogos em que não somamos três pontos. A corda sempre arrebenta pro lado mais frágil, que é o treinador. Mas cabe perguntar, por que o primeiro á ser citado como responsável por esse momento horrível não é Roberto de Andrade? que teve vários atacantes em seu "radar", (um deles até está no Inter) e acabou terminando sem trazer ninguém e tendo como opções André e Luciano. 

Fora essa coisa do recuo, (que sempre reparei tanto ele, como Tite se manifestando CONTRA isso á beira do campo), fora também, claro, algumas opções que eu TAMBÉM discordo, mas que não sou xiita de pregar que seja "muito fácil" fazer diferente, afinal o elenco tem sim muita gente, mas isso não significa que tenha muita qualidade (longe disso, aliás). Fora esses aspectos, o treinador tem buscado o melhor caminho, está apenas num INÍCIO de trabalho e defender queda nesse estágio e sobretudo com o time brigando na parte de cima é loucura. É querer um time lutando do meio pra baixo da tabela de classificação, é querer um time com uma gestão AMADORA (não que a nossa não seja, mas ainda mais, como outras que demitem com cinco jogos técnico por ai), será isso mesmo que queremos.

Temos portanto que pensar com a cabeça correta, não é mudando de técnico mês a mês que o time vai lutar por títulos, aliás, hoje apesar de não ter poder ofensivo (e não terá pois a janela internacional fechou e quem interessa já fez 7 jogos) estamos lutando na parte de cima. Não adianta fazermos cair o mundo após cada vez que perdermos dois ou três pontos. O time é competitivo mesmo com essa lacuna absurda no ataque e com meias que pensam ser craques sem ser, é isso que temos, não adianta dar uma de rival e querer destruir tudo á cada derrota, estamos muito longe de sermos: Bayern, Barça, Real, times que perdem pontos duas, três vezes por temporada e nossos adversários também não o são, nossa luta é sim, na parte de cima, mesmo com esses problemas todos.

Talvez isso "explique" a revolta de Elias, não é fácil á cada insucesso ter sua hombridade questionada. No entendimento dele não faltou "raça". "Raça" não é ganhar do adversário de qualquer jeito, como se o adversário não fosse nada e tu fosse tudo, "raça" é jogar com seriedade, hombridade, quero crer (e creio) que isso não falte a ele e seus companheiros. É claro que nossa torcida é FIEL, dá espetáculo, mas até eu me referi em alguns momentos na necessidade de mais "Nunca vou te abandonar" do que de "Teremos que ganhar" e sua primeira passagem pelo clube tinha esse espírito na nossa coletividade. Por isso vale a reflexão, tudo tem dois lados, quem está errado, nem sempre está totalmente errado.



Queiramos ou não, nossa realidade com Cristóvão ou Guardiola sem ataque como estamos é essa, de instabilidade, o consolo é que todos os times tem lacunas, umas maiores, outras menores. Não vamos nos desgarrar da luta pelo título, sobretudo por que aqui entre erros e acertos, não se destrói trabalho por nada, por "pressão externa", o trabalho vai seguir e vai ganhar cada vez mais consistência, essa é a nossa impressão e torcida, pois torcer não é um campeonato sobre quem faz mais "terra arrasada" sobre o clube que se ama.


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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