Olá fãs da velocidade! Estamos de volta nesse domingo que movimentou os fãs do automobilismo ao redor do mundo. No Azerbaijão, tivemos a aguardada estreia do circuito de rua montado na capital nacional. Na França, a 84ª edição das 24 Horas de Le Mans, a lendária prova de endurance válida também pelo World Endurance Championship (WEC), o campeonato mundial da categoria. Se a expectativa pelas corridas era enorme, os enredos e desfechos da prova foram completamente distintos. Analisamos primeiro como foi a oitava prova do mundial de Fórmula 1 em 2016.



Largando na ponta, Rosberg tinha a vantagem de ver seu adversário Hamilton partindo do décimo lugar, mas precisava ficar atento com as Ferrari de Räikkönen e Vettel, além da Red Bull de Ricciardo. Para a surpresa de muitos, a largada do GP de Baku não teve grandes incidentes, exceto um toque de Gutiérrez, que por pouco não abalroou outros pilotos. Na primeira volta, Rosberg já aria de Ricciardo, que trazia consigo Sebastian Vettel. Pérez aparecia bem na quinta posição, atrás de Kimi.

Ainda nas primeiras voltas, Nico ia despontando na liderança do GP. Ricciardo não conseguia acompanhar o alemão da Mercedes, e logo acabou alcançado pelo alemão da Ferrari, que lhe tomou o segundo lugar. Pouco depois, quem dava sinais de desgaste de pneus era a outra Red Bull, de Max Verstappen, que inaugurava a sessão de pit stops. Um fim de semana complicado para o time austríaco, que além de sofrer com a defasagem do motor Renault na grande reta do circuito, não encontrou o balanço ideal para o carro, o que prejudicou o rendimento de seus pilotos durante a corrida.



Alguns pilotos seguiram a onda da Red Bull e anteciparam suas paradas, e enquanto as RBR iam descendo o pelotão, Sergio Pérez ia iniciando mais uma grande performance. Aproveitando o bom rendimento de sua Force India, o mexicano já encostava no terceiro posto, ocupado então por Kimi Räikkönen. O finlandês, que teria um acréscimo de cinco segundos ao seu tempo final de prova por cortar a linha de entrada dos boxes, precisava descontar essa diferença em pista, para garantir o pódio ao final da corrida. Uma missão um tanto complicada para um piloto no já nos seus momentos finais de carreira contra outro que vive um dos seus melhores momentos dentro da categoria.

Feita a primeira (e única) rodada de pits, o pelotão estava em sua devida ordem. Rosberg seguia passeando na primeira posição, seguido de longe por Vettel. Mais atrás vinham Räikkönen e Pérez e só então aparecia Lewis Hamilton. Largando da décima posição e apenas nove pontos atrás do líder do campeonato Rosberg, esperávamos Hamilton aproveitando a força da Mercedes nas retas do circuito para escalar o pelotão, e se aproximar ao máximo do companheiro e rival. Porém o inglês fez prova bastante apagada.

Reclamando de problemas na configuração do carro, Hamilton se complicou na hora de ajustá-las nos botões de seu volante, o que pode ter levado o piloto a perder um pouco do rendimento de seu bólido, e consequentemente, perder também sua concentração na prova. Um saldo bastante negativo para Lewis, que chegou forte no Azerbaijão, com boas chances até de assumir a liderança no campeonato, e agora sai 24 pontos atrás de Rosberg. Uma pena para Hamilton, mas um tempero a mais na luta pelo título mundial de 2016, já que Lewis precisa de um bom resultado na Áustria para não perder contato com Nico.

A corrida evoluía para a fase final sem grandes brigas. A pouca variedade de estratégias e a grande distância entre os ponteiros deixou a prova um tanto quanto sonolenta. No meio fundo do grid, destaque para as ultrapassagens de Button e Nasr em cima de Alonso. A McLaren que, apesar dos problemas no carro do espanhol, vem demonstrando seu desenvolvimento, e Nasr fazendo um bom GP, colocando sua Sauber à frente de equipes como Renault e Haas! Torçamos para que Felipe arranje um bom destino para o próximo ano, se possível, dentro da Fórmula 1. Se não houverem vagas, certamente em outras categorias Nasr pode encontrar um ambiente muito melhor que o de sua atual equipe.

No fim, nem a ultrapassagem de Pérez em Räikkönen acabou proporcionando emoção, já que o mexicano já garantia o terceiro lugar devido a punição do finlandês. Vitória de ponta a ponta de Nico Rosberg, que chega a 141 pontos no mundial de pilotos, contra 117 de Lewis Hamilton. Em terceiro vem Vettel com 96 e logo atrás, Räikkönen com 81. Nos construtores, a Mercedes domina com 258 pontos, 'logo' atrás aparece a Ferrari com 177 e depois vem a Red Bull, com 140 pontos ganhos.

Confira a classificação do GP da Europa de F1:



Se a corrida foi monótona em Baku, tivemos algo completamente oposto em La Sarthe. Na pista que se mescla com a rodovia francesa e forma o circuito das lendárias 24 Horas de Le Mans, era dia da história ser escrita. Por mais da metade da prova, Toyota e Porsche dividiam a liderança da corrida. Com problemas durante a madrugada francesa, o carro #6 da Toyota, guiado por Stéphane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi deixou a luta pela liderança.


No amanhecer francês, os japoneses da Toyota, que mostravam um melhor ritmo de prova do que a concorrente Porsche, seguiam liderando a corrida. Desta vez, o grid era encabeçado pelo #5, de Kazuki Nakajima, Sebastién Buemi e Anthoy Davidson, que vinha com apenas 30 segundos de vantagem para o vice-líder #2, guiado por Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb.

Restando cerca de 10 minutos de prova, o Porsche #2, vice-líder da corrida, teve problemas com um pequeno furo no pneu dianteiro esquerdo. A equipe decidiu fazer o pit stop para trocar os compostos já desgastados, o que praticamente tirava as chances de vitória do carro. Bem, era o que todos imaginavam...

Depois de 23 horas e 55 minutos ininterruptos sem graves problemas mecânicos, o destino apronta uma de suas peripécias para a Toyota. Na reta Mulsanne, o #5, então guiado por Nakajima, começa a perder potência e vai ficando pelo caminho. O desespero e choro tomam conta dos boxes da Toyota, enquanto Dumas e Lieb não acreditam no que veem. Coincidentemente, Nakajima para na reta principal, depois de abrir a última das 384 voltas desta edição de Le Mans.


Neel Jani conduziu, com todo cuidado possível, o Porsche #2 para a vitória. Segundo título seguido da marca alemã nas 24 Horas de Le Mans. E do outro lado, a Toyota segue sem uma vitória sequer, mesmo depois de 31 participações em Le Mans. Edição histórica, não só pelo resultado, mas também pela participação de Frederic Sausset, piloto bi-amputado que terminou no 38º lugar geral. Histórias de emoção, tristeza e alegria que só o esporte pode proporcionar.

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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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