Olá fãs do futebol brasileiro! Depois de duas semanas de preparação, o Brasil finalmente estreou na Copa América Centenário, frente a surpreendente seleção equatoriana. Numa partida um tanto quanto morna, a seleção brasileira chegou até a mostrar uma boa proposta de jogo, mas acabou se perdendo no decorrer da partida e não passou de um empate a zero. Resultado que não empolga, mas deixa vivas as chances de classificação na competição. Acompanhe conosco a crônica de Brasil 0-0 Equador:



No princípio de jogo, quem ameaçou primeiro foram os equatorianos, num chute forte de fora da área. Logo na sequência o Brasil deu o troco. Numa jogada bem construída, Willian cruzou bem para Phillipe Coutinho, que apareceu na cara do goleiro. A bola tocou na cabeça de Dreer e saiu pela linha de fundo. O começo de jogo era animador para o lado brasileiro. Víamos uma seleção que pressionava, dobrava a marcação no adversário. Havia aproximação, toques curtos e paciência na hora de tramar as jogadas.

Aos poucos, o Equador foi sucumbindo ao jogo brasileiro, e as chances aparecendo. Primeiro, Coutinho arriscou de longe, sem muito perigo para Dreer. Logo depois, Elias apareceu mano a mano com o zagueiro dentro da área equatoriana, o toque porém, não encontrou o centroavante Jonas. O Brasil chegava perto do gol, enquanto o Equador não conseguia trocar passes no campo adversário e apostava nas raras saídas em velocidade. Pouco antes dos trinta minutos de jogo, Jonas fez boa jogada pelo lado direito, e encontrou Coutinho, que não conseguiu a finalização.


Aos poucos, o time que tocava bem a bola foi desaparecendo. Ainda no fim do primeiro tempo, o Brasil começava a ceder território ao ataque equatoriano, que ameaçou em boa cobrança de falta de Valencia, defendida por Alisson. Ao fim do primeiro tempo, o time saia com a sensação de que faltava alguma coisa. Mesmo com a boa proposta de jogo, a equipe brasileira não se encontrava no jogo. As tabelas rápidas, a triangulação do início parecia sumir à medida que o time ficava ansioso por não fazer o gol. Faltava a tranquilidade na hora de saber tocar ou finalizar, faltava aquele "fator decisivo" que nos acostumamos a ter. Talvez a 'bronca' no vestiário tivesse algum resultado...

Na volta para o segundo tempo, o que estava ruim, piorou. A posse de bola era mantida sim, mas não mais da forma objetiva e criativa de antes. Os jogadores já não se aproximavam, nem triangulavam como antes. Apostando no jogo pelas laterais, as jogadas individuais de Coutinho e Willian eram também pouco exploradas, e o que se via era o famoso 'chuveirinho' na área do Equador. Do outro lado, os equatorianos já rondavam com mais frequência a área brasileira, e começavam a levar algum perigo.

Já perto dos 20 minutos da segunda metade, o lance capital do jogo. Bolaños cruzou da esquerda com força, a bola pegou efeito e enganou Alisson, que se atrapalhou na hora da defesa e jogou a bola contra a própria baliza. O bandeira, porém, deu tiro de meta para o Brasil, marcando a saída da bola na linha de fundo. O replay esclareceu as dúvidas e confirmou o erro do árbitro, algo completamente aceitável se considerarmos a distância em que o lance ocorreu dos juízes. Aliás, creio que já passou da hora de se investir mais em tecnologia no futebol, não para engrandecer as transmissões, e sim para auxiliar os árbitros que, além de submetidos a pressão de jogadores e torcida, carregam por si só a pressão de definir o destino de uma seleção ou clube de futebol.

Voltando ao jogo, Dunga começava a mover as peças do tabuleiro. Sacou Jonas por Gabigol, e depois, Willian por Lucas Moura. Dos dois, Lucas apareceu mais na partida, especialmente pelo bom cabeceio após lançamento de Renato Augusto, no melhor lance da seleção brasileira no segundo tempo. No final, a entrada de Lucas Lima no lugar de Elias pouco acrescentou no jogo, que terminou mesmo no sonolento 0 a 0.


Particularmente, gostei da proposta de jogo da seleção. Os primeiros 15, 20 minutos mostraram um time veloz, ágil, habilidoso e com um padrão de jogo. Mas o tempo foi passando, o gol não saiu e o time, tal qual uma seleção de juvenis, perdeu o controle do jogo. Um grande problema, visto que o Equador sequer fez uma boa partida. Há de se atentar a algumas falhas táticas da seleção. A desproteção da zaga ficou evidente quando, em algumas ocasiões, os alas do Equador tiveram espaço para avançar nos rápidos contra-ataques.

Por fim, concluímos que a partida deixou claro alguns problemas da seleção: um time inexperiente em partidas pela seleção nacional, ou quem sabe, sem liderança o suficiente, sem o homem capaz de trazer equilíbrio e calma para o time nas situações adversas. E ainda a falta daquele fator decisivo, que mencionamos à altura do intervalo de jogo. Quem sabe ele se encontre em Neymar, que nem vem atuando bem nas últimas partidas pela seleção. A verdade é que nos acostumamos com centroavantes como Romário, Ronaldo, Adriano, que viraram lendas na Europa e apareciam justamente nos momentos de dificuldade. Hoje, falta ao futebol brasileiro protagonismo, tanto dentro de campo como na administração fora dele. Quem sabe, se resolvermos essa questão, a história possa mudar de figura novamente.

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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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