Amigos, a Seleção Brasileira protagonizou mais um vexame em sua história, ao ser eliminada na primeira fase da Copa América na noite deste Domingo (12) ante o Peru, no grupo mais fácil da competição, é bem verdade que o jogo teve polêmicas de arbitragem e que o gol decisivo foi irregular, é bem verdade que o adversário tem méritos por ter no 2º tempo através de Gareca, lido o jogo Brasileiro e entendido como o neutralizar. Mas é evidente que a Seleção é mal gerida fora e dentro de campo, que poderíamos estar num estágio de trabalho muito melhor, e que Dunga esgotou de vez as suas possibilidades como técnico da seleção, se é que um dia elas existiram, a derrota por 1 x 0 ante o Peru com gol irregular, e a justificativa única para a eliminação na questão da arbitragem, visto que o treinador não mostrou nenhum "plano B" durante o jogo e inclusive na competição, tendo marcado apenas contra o Haiti e tendo sido favorecido ante o Equador, mostram que não há caminho para sua continuidade, aliás, não há caminho para esta dinastia na CBF, mas aí, infelizmente a conversa é outra.


Para o jogo, o time veio com uma formação que inegavelmente, animou á todos antes da partida, uma meia mais leve com Elias e Renato Augusto na cabeça de área, e Lucas Lima na criação, além da ascensão de Gabriel á titularidade. Durante o primeiro tempo isso se refletiu sim, no controle do jogo, no domínio territorial vertical, faltou o gol, é verdade, mas o time fez um 1º tempo bastante razoável. No primeiro dos lances polêmicos, o juiz pode ter entendido que Dani Alves forçou a barra para a marcação do pênalti, mas Flores chegou com o cotovelo nas costas do lateral, de maneira irresponsável, como não existe 10% falta/pênalti, existe o que é e o que não é, em nossa interpretação foi sim, pênalti. Assim como também foi pênalti no mesmo Flores, aos 43, quando Renato o calça na entrada da área, 1 x 1 em pênaltis não marcados na etapa inicial, que terminou em 0 x 0 com um volume razoável de jogo do Brasil, Elias e Renato soltos, Filipe Luís apoiando bastante, Gabriel tentando e Coutinho e Lucas Lima um tanto tímidos.

Gareca então fez o que todo técnico (de verdade) tem feito ao encarar o Brasil de Dunga, leu o jogo na etapa inicial e no vestiário armou uma tática para anular o jogo Brasileiro, que como já visto, não tem "Plano B" sob este comando, o ex-técnico do Palmeiras abriu mão do líbero no seu esquema com cinco zagueiros e colocou um ponta em campo, Yotun, á partir daí, parecia que a grande seleção do futebol mundial era o Peru e a insignificante era a Brasileira. O domínio foi amplo do Peru, tanto é que o time Brasileiro desceu na etapa final nos contra-ataques, puxados com Renato, para finalizações ruins de Coutinho. No lugar do protagonista do lance de pênalti para o Peru, Flores, veio o protagonista do momento do jogo, Ruidiaz, e cerca de dez minutos após entrar veio o lance capital, arrancada pela ponta direita de Polo (que não é o repórter da RedeTV!) que cruzou pra área e o camisa 11 empurrou pro gol, só que com a mão. O jogo ficou parado cerca de cinco minutos para a definição da marcação ou não do gol (que por sinal, o bandeira não deu) o que indica que foi utilizado o recurso eletrônico por alguém alheio a arbitragem, o que está sendo regulamentado pela FIFA, porém não estava no regulamento desta competição, o que caracteriza uma irregularidade, um ferimento ao regulamento. Mas o que assusta mais, é que mesmo (é uma suposição com base no tempo para a definição do lance) com o uso do recurso eletrônico, a arbitragem tenha dado o gol, quando á partir das repetições da transmissão oficial, ficou claríssimo o toque voluntário de mão.


Dunga morreu com Ganso e Lucas Moura no banco, tinha ainda duas substituições á serem feitas após pouco antes do gol adversário colocar Hulk em campo, não teve visão, não teve criatividade, não enxergou que Lucas Lima e Coutinho estavam mal no jogo, se mostrou perdido no banco, passou a assistir atônito o time levantar incessantemente bolas na área, sem que seja essa a característica do time, sem que houvesse um "9 nato" para a conclusão dessas jogadas, nos acréscimos a bola ainda sobrou para Elias na pequena área, que resvalou de coxa e facilitou a vida do goleiro, assim o jogo caminhou para o fim, com a eliminação histórica e vexatória da Seleção Brasileira na Copa América.


O jornalista André Rocha observou bem, quando disse que: "A derrota em si para o Peru não é vexame, visto que já não há essa distância em campo, entre os dois times. Temos que parar com a soberba de acharmos que ainda somos os 'melhores do mundo' e reaprender a jogar". Tem toda razão, na última Copa América o Brasil já havia sofrido para derrotar o Peru, e a tendência com a atual gestão é isso piorar cada vez mais. O material humano que a seleção tem á disposição está há léguas de gerações passadas, isso é fato, mas é um bom material, temos alguns jogadores de boa qualidade, como estes que aí estavam e foram sub utilizados e outros que estavam fora. É claro que Dunga é alvo central das críticas não só pela eliminação, mas pelo momento que o time vive, em 6º lugar nas eliminatórias, com péssimos resultados em jogos oficiais e a possibilidade real de ficar fora da copa. E o sintomático, para Dunga nada está errado, foi "só a arbitragem que eliminou o Brasil, e pode acabar com um trabalho", não Dunga, o seu trabalho está acabado, é um fracasso de escolhas erradas, de falta de padrão, de variação de jogo, um técnico que com o material humano que tem, se vê pressionado (com todo respeito) pelo Peru, e nada faz para modificar esse quadro, morrendo com duas substituições, assim como contra o Equador poderia (e deveria) ter perdido e comemorou o empate, como novamente, estivesse o Brasil na posição do Equador dentro do futebol mundial, um técnico, um cidadão que não se auto-avalia, não tem condições de avaliar uma gama de atletas como os á disposição da Seleção Brasileira, e conduzir uma nação (que apesar de tudo) é ainda, apaixonada por sua seleção.


Por outro lado, muito se fala como se a simples substituição de Dunga por Tite fosse solucionar as coisas na Seleção, não penso que seja por aí, uma vez que o técnico é só a ponta dessa pirâmide, o para-raio de críticas de uma administração nefasta, que lucra para fins pessoais as custas da seleção, que tem relações escusas e não dá liberdade de trabalho aos treinadores. Muricy que na época era o melhor do Brasil, já recusou a Seleção da CBF por tal razão, conhecendo Tite, muito provavelmente ele faria o mesmo. Não basta a queda de Dunga, tendo como ato final, "La mano de Diaz", deveria sim haver a queda de toda essa dinastia nefasta que comanda a CBF, que se autoproclama: "A responsável pelo Brasil ser Penta", responsável foram os atletas fora de série que tivemos e não esses corruptos. É um erro para qualquer profissional sério assumir um compromisso com esses que aí estão, enquanto essa trupe não deixar a CBF, a Seleção Brasileira seguirá sendo um cemitério de carreiras de jogadores, técnicos, e de uma tentativa de criar um "Novo Zagallo", como foi Dunga.



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Foto: MowaPress. 
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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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