Papo de Torcedor CORINTHIANS - Vitória na RAÇA!!!

Amigos, Nação Corinthiana, presenciamos na noite deste Sábado (4) um momento mágico na Arena Corinthians. Após um primeiro tempo novamente (foi assim também contra o Santos) apático, onde o time se entregou ao ferrolho adversário e acabou tomando um gol no finalzinho nos acréscimos. Na etapa final o time foi pra cima com alterações ofensivas, o que faltou de técnica houve de raça, de brio, e com cara de Corinthians, daquele velho Corinthians dos "maloqueiros e sofredores", a virada veio no último lance da partida, com herói improvável, com todos os ingredientes de um time que traz de volta a torcida pra si e que vai brigar até o fim pela conquista do hepta, 2 x 1 sofrido contra o Coxa, mas muito gratificante a forma como veio o triunfo e que dá muita moral pra enfrentar o grande rival histórico Palmeiras (que vem jogando muito bem, por sinal) no melhor de nossas condições e expectativas.


E foi como já dito, um primeiro tempo com muita posse de bola assim como do mais recente clássico, mas com muito pouca efetividade. Nossos meias estavam sumidos, Luciano tentava mas ainda não mostrava o faro de gol que demonstrou antes da lesão. Marlone que teve finalmente a chance tão pedida pela torcida de titularidade, era quem mais buscava o jogo na meia, até pra tentar mostrar serviço, pelo lado esquerdo onde gosta de jogar, errou ao tentar cavar uma falta na entrada da área adversária e cedeu o contra ataque, Negueba que já se mostrava o mais perigoso do time adversário foi lançado e tocou na saída de Walter, o jogo ia pro intervalo com eles na frente.


Veio a etapa final e foi-se o camisa 8, achei exagero de Tite, é como se a baixa efetividade do time fosse exclusivamente culpa do meia, uma avaliação errada, mas como pregamos sempre, há que confiar no maior técnico da história do clube, e aos poucos o rendimento do time foi crescendo. o titular Giovanni Augusto voltou ao time. Ele e M. Gabriel tiveram chances de empatar a partida, porém desperdiçaram. Outra bola cruzada e Bruno Henrique quase fez. Não era ainda o suficiente, Tite então lançou o time pra frente, abdicou do 1º volante Cristian, para colocar Danilo no jogo, visando melhorar a criação. Ainda não foi o suficiente, então o tudo ou nada foi com o centroavante André, afinal, eram muitas bolas levantadas pra área e uma presença de ataque nula daquele que tem o ofício de fazer gols, que é o centroavante. O camisa 9 veio na vaga de Pedro Henrique (menino da base, que estreava como titular), o time se abriu completamente, mostrando que o objetivo era vencer, fosse como fosse, não importando em expor a defesa ao contra ataque, arriscando, como faz um time de mentalidade vencedora. Antes do gol que fez a torcida explodir, M. Gabriel perdeu mais uma chance, porém a festa veio aos 44, quando Giovanni se esforçou pra tomar a bola, o passe veio pro bico esquerdo da área com Uendel, que rolou pra dentro onde André de carrinho rolou pro fundo do gol, empate, festa, mas a missão ainda não estava cumprida. Cinco minutos de acréscimo, a pressão continuava, último lance com M. Gabriel no bico esquerdo da área cruzando pra Uendel, decisivo, herói do jogo cabecear como um centroavante, festa digna de título, emoção, e o sentimento de reencontro com um velho Corinthians. 


Vitória sensacional, liderança do campeonato, uma vitória que traz para a totalidade da torcida um sentimento de resgate do Corinthianismo também em campo, ingredientes fantásticos, mas há que ser feita uma análise criteriosa, é pra isso que estamos aqui. Entendemos o momento de reconstrução, entendemos que as reposições as perdas foram (e não teriam como não ser) inferiores, mas esses dois últimos jogos mostraram o que já vínhamos atentando aqui, os times vão se fechar contra o Corinthians, que não pode seguir sucumbindo a essas marcações, ou atacando com menos ênfase do que pode. É claro que foi assim também na temporada passada, até o time se assentar e conseguir propor o jogo até conseguir fazer boa frente no placar, conseguindo depois administrar o resultado, não estamos nesse estágio ainda, mas é preciso alcançá-lo o quanto antes. Nada de euforia em relação á André, sim, ele fez o gol de empate, mas perdeu outro incrivelmente em seguida, por "sorte", Uendel já fora de posição foi pra dentro como centroavante e fez o que Luciano não conseguiu fazer em 2016, precisamos de outra opção para o ataque urgentemente. Apenas em relação aos adversários reclamando de acréscimos, é lamentável, afinal que procurasse se informar minimamente sobre o que foi o jogo sabe o quanto o adversário amarrou, mas no Brasil é assim, a desonestidade impera, inclusive quando se questiona a honestidade de terceiros visando benefício próprio, eles e elas já estão se borrando, e vamos chegar lá na frente.


Falamos desse resgate do time que luta até o fim, que é nossa característica, o que é consenso em nossa torcida. Por outro lado, queria reforçar uma mensagem que temos passado aqui desde a eliminação na última Libertadores, se tem uma coisa que não falta á esse time é raça, é comprometimento com o projeto, é vontade de vencer á todo custo. A diferença deste segundo tempo para aquele no meu entender é única, dessa vez a bola entrou, mas o time esteve dentro, o time lutou desesperadamente e seriamente em ambas as ocasiões, mas só quem vence é lembrado positivamente. Salvo erros pessoais (um, sabemos de quem foi), o time sempre mostrou esse compromisso, é que o adversário também quer vencer, não vamos vencer sempre, nesse sentido creio que a maneira como veio essa vitória e como já havia vindo a contra o Santos, mostram que esse time não está em descrédito conosco (torcida) em relação á raça, não é essa a reivindicação, a reivindicação é em relação á Diretoria, e algumas situações por ela mal administradas, que sempre colocamos aqui. Esse triunfo vem para decretar, que devemos abraçar o time na nossa luta, que é pelo título do Brasileiro e da Copa do Brasil.


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Foto: GazetaPress.