Amigos, Nação Corinthiana, o Corinthians foi á campo neste Domingo (12) para mais um derbi, na nova casa adversária, o Allianz Parque, neste que é sem dúvida o grande clássico de SP e com isso um dos maiores do planeta. Um duelo tático de dois dos melhores técnicos do Brasil, um confronto direto, onde pelas características dos times, se esperava um jogo aberto, com gols e espetáculo. Mas clássico é clássico (e vice-versa) e o que se viu foi um jogo muito estudado e a vitória indo para o lado que errou menos e mostrou mais disposição, que infelizmente foi o lado adversário, placar de 1 x 0 para o Palmeiras.


O jogo começou de acordo com a expectativa que havia, muito movimentado, com o rival chegando perigosamente, inclusive a torcida reclamou toque de mão em uma dessas chegadas, que não foi nada, afinal, a mão estava junto ao corpo e não há como o atleta arrancar fora o braço. Algumas chegadas do Palmeiras, algumas faltas bobas perto do gol e cartões, conforme o tempo passava o jogo ia ficando mais pegado, as chances mais escassas. Na etapa inicial o Corinthians pouco chegou, Giovanni Augusto foi fator isolado ofensivamente, num primeiro tempo nulo de peças como Guilherme e M. Gabriel. 

Na etapa final, o Palmeiras achou o gol logo no início, alterou no intervalo, não esperando praxes pra solucionar um problema que era visível na etapa inicial como a questão da posse, diferente de Tite, mas por ironia, o gol veio com Cleiton Xavier mas não em uma triangulação comum, o Palmeiras retomou a bola após a reposição e articulou um rápido ataque, Dudu acionou Moisés que finalizou para bela defesa de Walter, mas o rebote adversário estava solto e o camisa 10 adversário cutucou de cabeça para o gol.

O gol pareceu naquele momento acordar o Corinthians, que conseguiu uma falta lateral, o goleiro adversário afastou mal e a bola sobrou com Cristian, que finalizou com raiva e a bola passou raspando o travessão, sem goleiro, uma pena não ter entrado. Chances de lado a lado, na nossa novamente após bola parada a bola sobrou para o livre e inoperante Guilherme bater na trave, seria esse seu último/único lance na partida, Danilo era a arma de Tite. Em seguida Cristian (fora do próximo jogo) também sentiu e deu lugar á Maycon, de volta após um longo período sem oportunidades. Porém, conforme o tempo passava o adversário adiantou novamente sua marcação, as alterações não funcionavam, e o Palmeiras mostrava muita fibra, ganhando todas as divididas, o jogo desenhava-se para uma vitória adversária. Como cartada final, Tite decidiu colocar André na vaga de Luciano, que com a entrada de Danilo passou a sair mais da área e aparecer mais pro jogo, movimento errado, afinal o Corinthians não pressionava pra que se colocasse um 9 brucutu lá na frente, a opção poderia ter sido Marlone pra tentar carregar o time pra frente. O tempo foi passando, vieram os acréscimos e lance final, bola levantada pra área e a grande polêmica (pra mim nem tanto) da partida, Felipe dividiu com Prass e o zagueiro adversário pelo alto e o juiz decidiu marcar falta do camisa 28, que anulou a sequência da jogada e o gol de Bruno Henrique. Vejam, Felipe divide sim pelo alto com Prass e na nossa cultura futebolística onde o goleiro é intocável, vejo até como natural a marcação de falta no lance, isso sempre acontece, não vejo razão para alardear isso agora. Nota-se ainda que não houve anulação de gol, quando Bruno toca pra dentro o lance já está parado, a defesa adversária já havia parado, portanto não houve gol anulado, houve a marcação de uma falta, que no praxe das arbitragens, é marcável, é o tal do "perigo de gol" que as arbitragens costumam dar em favor das defesas nesse tipo de bola. Fim de jogo, resultado justo, o adversário jogou mais, teve uma participação mais efetiva de todo o time, diferente do nosso, e precisamos não ficar jogando na arbitragem, e sim apontar nossos erros e evoluir.


E os nossos erros foram muito claros, não podemos continuar fazendo tempos iniciais tão ruins como temos feito desde o duelo ante o Santos, temos alertado aqui desde então: "Uma hora a bola não vai entrar, uma hora vamos perder", e foi o que aconteceu. A impressão que passa é que Marcos Gabriel, que Guilherme tem a certeza da vaga e jogam conforme o jogo se apresenta, não dão algo mais até o time estar atrás no placar, estão seguros demais. Não é assim que funcionam as coisas, ainda mais no Corinthians, ninguém aqui tem de achar que tem vaga garantida no time, ainda mais dois jogadores como esses, não mais do que comuns, isso precisa mudar, seja com a orientação quanto á atitude, seja com mudanças de peças, temos Danilo, Marlone, Romero, Lucca (esses três últimos para a ponta esquerda), se esse marasmo continuar podemos e devemos mudar, afinal, os titulares estão há léguas de serem craques inquestionáveis. 


Felipe fez sua partida final com a camisa Corinthiana, cresceu muito aqui, representou bem o manto, é bem verdade que na reta final da passagem teve algumas falhas, mas que não mancham sua trajetória, é um grande zagueiro e que tenha êxito no Porto. Temos peças para repor bem, Yago e Balbuena tem plenas condições de formar uma boa zaga, Vilson voltou a jogar o futebol que o projetou, é uma boa composição de grupo, temos ainda os garotos, a vida vai seguir tranquilamente.


Para o próximo jogo, como já dito, perdemos Cristian, tomara que seja só a suspensão, que não seja nada grave na coxa, resta saber se entra Willians ou Maycon, prefiro o garoto, que pode (apesar de não ter tocado na bola hoje) melhorar a chegada do time ao ataque, por outro lado, sem Cristian a bola sai menos redonda da defesa. Sobre a arbitragem, a ressalva é por conta do excesso de cartões bobos, banalizando um recurso que deve ser de coibição da violência, e não de tentativa desesperada de ganho de credibilidade, mas a vitória adversária foi justa, é sempre chato perder um clássico, ainda mais quando há uma briga pelo topo envolvida. Mas não é nada que não se possa reverter em casa no 2º turno, a preocupação maior deve ser a falta de intensidade na etapa inicial, por nós já apontada.


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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