Amigos, Nação Corinthiana! Estamos de volta, num momento difícil (especialmente pra mim), que é o fim da terceira passagem, do técnico mais vitorioso da história do Corinthians, Tite. O inusitado da história é que o anúncio de que o técnico deixaria o clube para assumir a seleção, veio do próprio Roberto de Andrade, numa atitude até intempestiva, claramente uma atitude de torcedor, onde se anulou qualquer chance de por algum desacerto com a CBF, Tite voltasse atrás e permanecesse no clube. Veio também do Presidente a decisão de não permitir que o técnico comandasse o time ante Fluminense e Botafogo, mas a decisão foi de focar na continuidade, na escolha de um novo técnico, outra decisão que foi tomada de cabeça quente e tem erros e acertos, se analisada sob diferentes óticas. Em campo, o time repetiu os erros que vem cometendo desde as vitórias ante Santos e Coritiba em termos de postura e acabou derrotado por 1 x 0, ante um adversário combalido, pontos que farão falta lá na frente, agora é esperar que  novo comando possa solucionar esses problemas.


Como dissemos, o jogo começou com aquele problema recorrente da falta de uma postura mais ativa, mais de busca de controle do jogo e criação de oportunidades. E também com vacilos defensivos, o Nense teve uma grande chance no início de jogo ao sair na cara de Walter com Marcos Júnior e Richarlisson (o atacante, não aquele do rival) o goleiro defendeu muito bem. O Corinthians até tinha mais volume, perdeu chance com M. Gabriel (o que aliás foi a tônica do jogo), mas acabou sendo forçado a mexer no time, com Elias fraturando a costela. Fábio Carille, chamado as pressas para comandar o time não ousou, colocou Rodrigo em sua vaga. O jogo continuou com o Corinthians até tendo um pouco mais do domínio da posse, mas sem objetividade, novamente só Giovanni Augusto chamava o jogo, as chances apareciam em raros momentos de passe de Guilherme, mal concluídos por M. Gabriel.

Na etapa inicial, ao bater um tiro de meta, Walter sentiu uma lesão, seguiu bravamente em campo (até pra segurar sua titularidade), mas no intervalo a equipe médica constatou a lesão e Cássio voltou ao gol do Corinthians. O Corinthians tentava novamente dominar a partida, até que veio o lance capital do jogo, pênalti infantil de Yago em Cícero, o camisa 3 que já estava amarelado foi expulso. Sempre fui um defensor de Yago, mas nessa ele vacilou gravemente, agora é ele e Balbuena, ele não pode cometer um desequilíbrio destes novamente. Na cobrança, Cássio defendeu, mas o rebote sobrou limpo pro mesmo Cícero conferir. Á seguir um momento curioso, Carille ia colocar o menino Pedro Henrique na zaga, abdicando assim da possibilidade de buscar a virada, mesmo com dores, Elias foi até a beira do campo e conversou com o técnico interino, impedindo que ele fizesse essa alteração, e indicando a entrada de Camacho no time, tirando Guilherme, peça nula que acha que um passinho pra lá, outro pra cá, vai garantir titularidade. Alteração inteligente sugerida por Elias, Camacho já demonstrou que pode tanto participar da criação de jogadas, quanto ajudar na recomposição. É isso que se pode esperar de Elias, por isso sempre o defendi, das cobranças de que deveria ser a referência técnica do time, que deveria bater pênalti decisivo, enfim. Elias jamais foi esse jogador, essa cara que bola a bota no chão e resolve, Elias é um bom volante e um líder sob esse aspecto, não em habilidade. 

E lá ficou Elias á beira do campo orientando o time, excelente atitude. Á partir de então, o Corinthians foi aos poucos intensificando a pressão mesmo com um á menos, como se tem visto nessas últimas partidas, o time deixa de fazer o que é capaz durante todo o jogo, e se lança desesperadamente nos minutos finais, há que dosar isso. Nos minutos finais, foi ate comovente, Cássio virou centroavante, mas nem isso adiantou, 1 x 0, um jogo duro sob todos aspectos, inclusive duro de assistir.


Bom, vamos nos aprofundar na perda de Tite, enfim, é muito triste, faltam palavras. Primeiramente é preciso colocar que nós, torcedores, não devemos de maneira alguma subjugar a decisão do treinador. O sonho de qualquer profissional de futebol e do esporte como um todo, é defender a sua Nação, independente da forma com que a CBF é administrada, esse é o sonho dele, de todo técnico, de todo profissional de educação física e medicina esportiva, é o sonho de todo jogador de futebol, assim como cobrir a Seleção Brasileira é o sonho e o ápice de todo jornalista esportivo. É importante deixar claro que Tite ainda não assinou, justamente por que não fecha os olhos as questões escusas que envolvem a CBF e o levaram a assinar a petição pela saída de Del Nero do comando da entidade, Tite quer autonomia total, e a CBF ainda não o anunciou justamente por que não sabe trabalhar assim, tentará se adaptar a isso, ou fingirá isso. É nisso que acho que tomado pela emoção, errou Roberto de Andrade, ele deveria esperar o anúncio oficial, vai que Tite se irrita e volta atrás, com essa "dispensa", por mais que hajam discordâncias, Tite e CBF chegarão em um ponto comum e ele será anunciado em breve. A decisão de não permitir que o técnico treinasse o clube nessas duas últimas partidas também tem muito da emoção, nada impediria o Presidente do clube de já explicar a situação aos sondados e ir fazendo contatos pela contratação do novo nome, sobretudo técnico(s) que estivesse(m) desempregado(s), porém, esse não parece ser o foco de Andrade. Pra encerrar sobre Tite, se essas palavras chegarem até ele, além de agradecer e dizer que toda torcida cabe nesse abraço, gostaria de dizer duas coisas que resumem o meu sentimento pessoal como torcedor (além aspirante a jornalista esportivo), e que certamente refletem o pensamento da maioria da torcida: "O mesmo sentimento que tu teve por nós, nós tivemos também", e parafraseando nosso hino: "Tu estará eternamente em nossos corações". É claro que tens o sonho de comandar clubes na Europa, especialmente na Itália, e ninguém poderá te julgar por isso também. Mas a nossa casa sempre estará de portas abertas para o seu retorno, sua casa no Brasil, é o Sport Club Corinthians Paulista. 


Rapidamente, sobre as opções de reposição, Roberto não pode criticar a postura da CBF, se levarmos em conta que suas opções são técnicos devidamente empregados. Um grande cara desempregado (por isso usei os parênteses no parágrafo anterior) é o Abel Braga, mas que acabou descartado pela relação que tem com o Inter, a mágoa que ele ficou do clube, que o fez fazer um churrasco em 2007 quando da nossa queda. Mas novamente, um Dirigente obviamente é torcedor, mas tem que agir como administrador, já se passaram quase 10 anos disso, Braga é um grande profissional, nome vitorioso, que Tite aprova, seria legal passar uma borracha nisso e acertar com ele antes do Flamengo, mas enfim. Outros nomes empregados podem ter sido sondados, e responderam via mídia (o que é ainda mais grave) que não tem interesse em deixar seus postos para assumir o Corinthians, dentre estes, o único nome que cogitou a possibilidade de vir é o de Oswaldo de Oliveira, que me agrada, mas que tem rejeição de grande parte da torcida, muito por que hoje, com as Redes Sociais, se alguma pessoa falar algo e colar, as outras saem repetindo e isso vira "lei". Oswaldo é um ótimo técnico, com um ótimo plano ofensivo de jogo, o que ele precisa é de tempo de trabalho. E com todos os defeitos que tem, se há uma coisa em que esse grupo de Sánchez que comanda o Corinthians acerta, é no tempo de trabalho que dá a seus treinadores. Enfim, é torcer para que Deus ilumine a mente de Andrade, para que ele tome a melhor decisão.


E que o próximo técnico possa corrigir esse grave problema que vem nos afligindo, que é a falta de efetividade inicial, não há um diagnóstico preciso do que ocasiona isso, se é falta de confiança, excesso de confiança na titularidade, enfim. O profissional que chegar vai ter de identificar e solucionar esse problema de forma urgente, seja conversando com os atletas, seja sacando do time nomes que não estão correspondendo, por vezes creio que do meio pra frente o time "só tem" Giovanni, isso precisa mudar urgentemente, seja aproveitando outros meias do elenco, seja contratando um novo centroavante, afinal, Romero e Lucca atuam pelas pontas.


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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