Amigos, assim como na ida, que também aqui acompanhamos, foram mais 90 minutos de um sensacional espetáculo de futebol, um duelo de 180 minutos que deu gosto de ver como amante do esporte. Nesse duelo de volta, o Audax cumpriu e superou sua missão, fazendo o que há muitos anos não se via, o Santos mudar sua proposta de jogo dentro de casa, e se colocar numa postura defensiva, o Peixe então, aproveitou a chance que teve e fez o gol que lhe rendeu o placar de 1 x 0 e o título, foi mais eficiente e portanto mereceu o título de Campeão Paulista de 2016, o bicampeonato, mas convenhamos, o Audax é também moralmente campeão, por tudo que fez sobretudo no mata-mata, e ainda mais nesses dois jogos finais, brindados fomos nós, com esse magnífico espetáculo.


O jogo começou com o time de Osasco mostrando a que viria já nos primeiros minutos, arriscando de fora com perigo, impondo o seu toque de bola, a sua presença no campo de ataque, o time de Fernando Diniz chegou a superar os 80% de posse de bola nos minutos iniciais. Após um amplo domínio territorial nos minutos iniciais, um enredo esperado, Lucas Lima claramente com cara de dor desde antes mesmo da bola rolar, caiu no gramado e deu lugar a Paulinho, é claro que era uma final e o meia queria jogar, mas ele não tinha a mínima condição, e acabou sendo um homem a menos em campo, atrasando as jogadas de ataque do time da Vila, com sua saída, o time ganhou mais vigor físico, e se armou num 4-1-4-1, com Paulinho pela direita e Gabriel pela esquerda, com Ricardo Oliveira enfiado, estava então armado o bote. O Audax seguiu com mais volume, e quase abriu o placar com Tchê Tchê, que do bico esquerdo da área finalizou na trave do ótimo Vanderlei. Como já dito, o bote estava armado e aos 44, Vitor Bueno (que foi muito mal na ida) deu um lançamento perfeito para Ricardo Oliveira, que mostrou fôlego de garoto, foi pra cima da marcação e abriu o placar, é a tal frase que Muricy NÃO inventou "A bola pune". 


O técnico do Audax mexeu no intervalo para ficar ainda mais ofensivo, sacando o ex-almeiras Francis e colocando o meia Rodolfo, o time foi pra cima e deu trabalho ao goleiro Vanderlei. Porém, com o passar dos minutos o Santos foi conseguindo manter a posse de bola adversária na faixa intermediária, e com isso evitando grandes perigos, a posse seguia sendo do time Osasquense, mas já não era tão efetiva. O Santos poderia ter matado o jogo aos 37, mas teve gol mal anulado de Joel, que entrara na vaga de Oliveira, Santos prejudicado pela arbitragem. Isso poderia ter custado caro, o time de Diniz seguia em cima, impondo um domínio impressionante, que há muito não era visto dentro da Vila, mas nos minutos finais o time viveu de bolas alçadas, a defesa do Santos bem postada se livrou de todas, o juiz deu quatro, mas só permitiu três minutos de acréscimo, a proposta e a efetividade do Peixe funcionaram, o Audax não conseguiu penetrar a defesa, e o Santos conquista pela 22ª vez o título Paulista.


Vejam, é necessário falar bastante sim do que representou o time de Osasco e o trabalho de Diniz, foi um time que implementou uma filosofia de jogo não exatamente nova, ao contrário, um time que jogou o verdadeiro futebol Brasileiro, pra frente, ousado, sem medo dos adversários, com chute de fora da área, com posse de bola objetiva e inteligente, essa coisa de recriminar o lançamento do goleiro acho que pode ser um tanto moderada, mas de resto, a postura do time foi impecável, um time conseguiu ser protagonista das ações do jogo, dentro do alçapão da Vila, isso merece evidentemente, toda a ordem de elogios. É uma pena, mas o time deve ser desmanchado mesmo com a vaga na Série D, que tem transmissão de TV inclusive, do Esporte Interativo, porém isso acaba por ser inevitável, gostaria muito que Diniz permanecesse e mantivesse sua filosofia de trabalho no clube, se isso acontecer o time pode trilhar caminhos já trilhados pelo São Caetano por exemplo e chegar á elite em poucos anos, e em chegando, com a administração séria que tem como clube empresa, não sucumbirá, será mais uma força do futebol Paulista, sei que os mais saudosistas rechaçam a ideia do clube empresa, mas é um ótimo caminho, a profissionalização do futebol no Brasil. E sobre este campeonato, apesar da derrota, o sentimento em todos os envolvidos no Audax deve ser também de campeão, pelo conjunto da obra.


Há pouco o que acrescentar do Santos, um time gigantesco, que não á toa chega a sua oitava decisão seguida, chega por que tem em sua base um alicerce, está sempre na frente do trio de ferro nesse aspecto, enquanto correm atrás de contratações, o Santos lança seus meninos e muitas vezes tem êxito, não a toa as seguidas boas campanhas no início da temporada. Outro fator de destaque é Ricardo Oliveira, é verdade que não vem bem em 2016, mas na hora de decidir lá estava ele, com o fôlego de sempre, um atleta sério, que tem uma condição física invejável, e que foi profissional em todos os momentos de sua carreira, uns tiram sarro dele por ser Cristão, paciência, isso deveria ser motivo ao menos de reserva, mas as pessoas dizem o que querem, a resposta do atleta profissional Ricardo Oliveira, independente de ser Pastor (o que é motivo de honra, e não o contrário) é em campo, e muitas vezes calando os que buscam o ridicularizar. Sobre o Brasileiro, o Santos evidentemente é prejudicado com a perda de seus três melhores jogadores, Joel é um bom atacante, assim como as opções que o Santos tem para as reposições de Gabriel e Lucas Lima, mas isso vai afetar evidentemente a caminhada do Santos, vejamos como o time absorverá essas perdas, que mostram a qualidade do trabalho dos atletas, é chato pro torcedor, mas estar na seleção, independente de quem a comanda, é uma realização profissional e sonho para todo jogador.



Quero por fim, dedicar essa cobertura que fiz dos jogos decisivos á minha querida mãe, que era Santista. E quero aqui parabenizar mais uma vez o Santos, campeão Paulista de 2016! 


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Imagens: GazetaPress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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