Olá fãs da velocidade! Um domingo bastante divertido para os amantes da Fórmula 1. O GP de Mônaco trouxe uma infinidade de alternativas, a começar pelo próprio clima do circuito. A chuva misturada com as divergentes estratégias trouxe mais uma vez uma corrida bastante movimentada, que reacende os ânimos de Lewis Hamilton e mostra que temos um campeonato em jogo! Acompanhe a nossa crônica do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1:



O domingo começou bastante chuvoso no principado. Tão chuvoso que a largada acabou sendo atrás de safety-car. Já com os carros em ação, o vice-líder da corrida Nico Rosberg, apresentava um rendimento muito inferior ao de Ricciardo, que aproveitou para se desgarrar do grande pelotão. Vendo que o rendimento do alemão prejudicava a corrida de Hamilton, a equipe ordenou que Rosberg desse passagem ao companheiro, que foi a caça de Daniel.

Atrás deles, acontecia de tudo. Com a pista começando a secar, alguns se arriscavam em colocar os pneus intermediários, na esperança de escalar o pelotão. Na décima volta, Palmer e Räikkönen já estavam fora da corrida, ambos por motivo de colisão. O sol dava as caras em Mônaco e a corrida tomaria rumos diferentes.

Com a pista secando rapidamente, o desempenho dos pneus intermediários era bastante melhor. Todos os pilotos correram para os boxes, (com exceção de Hamilton e Wehrlein), e aí o cenário da corrida começou a se desenhar. Pérez ganhou espaço e pulou para uma excelente terceira posição! Lá atrás vinha Verstappen, que se espremia fazendo belas ultrapassagens e dava pinta de que queria brigar por algo. Ainda bastante passivo, Rosberg caía para o sexto lugar, e via de longe, o rival Hamilton na ponta.

Na frente de Ricciardo, o inglês conseguiu assegurar o primeiro lugar até que a pista estivesse seca o suficiente para que os bólidos usassem os pneus slick. Àquela altura, Hamilton entrava de vez na briga pela prova. Lewis perdeu tempo na sua parada, mas quem falhou feio foram os mecânicos da Red Bull. É verdade que as paradas de Verstappen e Ricciardo foram bem próximas, e podem ter atrapalhado a equipe, porém o tempo perdido no box foi determinante para que Daniel voltasse na segunda posição, atrás de Lewis.


Lewis Hamilton fechou a porta de Daniel Ricciardo no GP de Mônaco (Foto: Reuters)Com os pneus ultra-macios, se esperava que Hamilton abrisse de Ricciardo para ter uma margem em uma consequente segunda troca de pneus. Mas não era o que acontecia. Pelo contrário, Dani se aproximava de Hamilton e por pouco não conseguiu a ultrapassagem. No lance mais polêmico, Hamilton errou a tangência da chicane depois do túnel e espremeu Ricciardo no guard-rail. O australiano reclamou, afinal quase perdeu o controle do seu RBR, porém, muito mais em razão da pista estar molhada fora do trilho. Podemos questionar a vantagem que Lewis teve ao cortar a chicane, mas não a manobra do inglês. Ainda assim, briga normal.

Louco para alcançar a parte de cima do pelotão, Max Verstappen vinha fazendo uma corrida muito boa até o momento. Marcando algumas voltas mais rápidas, Max parecia ter finalmente se adaptado a pista. Mas, na ânsia de andar rápido, o holandês travou o pneu na entrada do cassino e encontrou o guardrail. Uma pena, pois enquanto esteve em pista, Max se mostrou competitivo no fim de semana. Vale ressaltar que é apenas o segundo ano do garoto na Fórmula 1, Max ainda tem muito o que aprender. Verstappen errou sim, nas duas vezes em que bateu no fim de semana, porém mais importante do que assumir o erro é aprender com ele. Verstappen provou ter personalidade, seu pai (Jos), o ajuda a lidar com as críticas. Esperamos que o menino volte ainda melhor para o Canadá, uma pista que 'permitirá' mais erros por parte dos pilotos.

Enquanto Ricci perseguia Lewis, ocorre um dos capítulos mais polêmicos do fim de semana. Nasr recebeu ordem de equipe para deixar o companheiro Ericsson ultrapassá-lo. O brasileiro chutou o balde e permaneceu na frente. Visivelmente irritado, Marcus praticamente 'se jogou' em cima do companheiro, forçando uma ultrapassagem praticamente impossível. O incidente resultou em abandono dos dois carros e ainda uma punição de três posições para o sueco no próximo grid de largada.


Um momento que ilustra perfeitamente o ambiente da Sauber. Aliás, cabe até uma comparação com a Mercedes. Mesmo com os pilotos da flecha de prata disputando o campeonato, Rosberg acatou a ordem vinda da equipe, o que mostra que ainda há um braço firme no time alemão. Muito diferente ocorre na Sauber, aonde Ericsson falou em público ser melhor que o companheiro de equipe, provocando uma instabilidade ainda maior no time já calejado financeiramente. É difícil condenar o brasileiro, afinal sabemos que seu companheiro não o respeitou sequer em público. Condenável mesmo é a atitude de Ericsson, que acabou prejudicando todo o trabalho do fim de semana de sua equipe, além de contribuir ainda mais para o péssimo ambiente. Parece que além de carro, falta comando no time suíço...

Lá na frente, Hamilton mostrava uma durabilidade até então inimaginável do pneu ultra-macio! Ricciardo, que antes tinha convicção de que o inglês pararia, agora se via em uma situação desfavorável. Sem o mesmo ritmo de antes, o australiano não encontrava forças para um último ataque. Daniel deixou de vez a luta pela vitória já nas últimas voltas, aonde a qualidade de Hamilton na pista parcialmente molhada pela garoa de última hora se sobressaiu.

No final, vitória do inglês que ganha fôlego no campeonato, muito pelo péssimo fim de semana do seu companheiro, Nico Rosberg. Irrepreensível até então, Nico se mostrou apático nas condições adversas da pista e não passou do sétimo lugar, atrás até da McLaren de Alonso, que segue evoluindo, agora num ritmo bem mais aceitável. Destaque para o grande desempenho da Force India, que com um acerto louvável, conquistou um sexto lugar com Hülkenberg e o pódio com Pérez, que se manteve constante à frente de Vettel.

Com a vitória, Hamilton diminuiu para 24 pontos a vantagem de Rosberg no mundial de pilotos. Ricciardo é agora o 'melhor do restante, com 66 pontos marcados (16 atrás de Hamilton e 5 àfrente de Räikkönen, quarto colocado. No mundial de construtores, cabe ressaltar a boa campanha da Red Bull, que já encosta na Ferrari (121 a 112 para o time italiano). A Williams vem na quarta posição, muito longe, com 66 pontos ganhos.


Ainda antes de encerrarmos nossa crônica, abrimos espaço para mais um grande acontecimento automobilístico desse domingo. Nos Estados Unidos, tivemos a 100ª edição das 500 milhas de Indianapolis, uma das maiores provas do automobilismo mundial! E para uma corrida histórica, nada melhor que um vencedor histórico. Mesmo aparecendo pouco no início da prova, Alexander Rossi (aquele mesmo, que correu de Manor ano passado) aproveitou as bandeiras amarelas para entrar na luta pela vitória, e praticamente sem combustível, venceu a edição histórica da prova.

Foi a primeira vez que um rookie vence a corrida desde Hélio Castroneves, em 2001! Um feito e tanto para o jovem americano, que era fortemente especulado na Fórmula 1 para esta temporada. Certamente, conseguiu atrair para si o foco de várias equipes e passa a ser tratado não só como uma promessa, mas como um vencedor de 500 milhas. E para quem reclamava da atual geração de pilotos, Verstappen, Rossi, Wehrlein Vandoorne e tantos outros vão mostrando que, se depender deles, a briga está garantida para os próximos anos, independente da categoria!

Confira a classificação do GP de Mônaco:



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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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