Caros palestrinos,  a Libertadores 2016 acabou para o Palmeiras. De maneira vergonhosa pela instituição, mas não pelas últimas duas atuações. Adoraria estar culpando o Nacional aqui, mas o Palmeiras vacilou quando não podia. Errou no planejamento quando não podia. Contratou errado quando não podia. Perdeu jogo que não podia. Mas, terminou a Libertadores com duas boas atuações, diante do Rosario Central e do River Plate do Uruguai. Se a Libertadores acabou, 2016 continua. E dessa vez, temos em que nos basear se quisermos seguir adiante. Manter um time aguerrido, com padrão de jogo e que luta por qualquer dividida. Um time que luta como foi no derbi, contra o modesto Rio Claro e contra os dois últimos adversários da Libertadores. Jogando assim desde o princípio, talvez estivéssemos com mais folga e na segunda fase. Bom, vamos ao jogo!

O Palmeiras recebeu o River Plate do Uruguai no Allianz Parque, neste 14 de abril de 2016. O time precisava vencer e de uma boa diferença de gols. Cuca contava com desfalques importantes, mas o time já começa a ser desenhado pelo treinador. Barrios e Alecsandro de homens de frente alternavam em fazer pivôs para as subidas de Jean, Allione e Egídio (principalmente). O Palmeiras começou o jogo com muita intensidade e ansiedade. As principais jogadas passavam pelos pés de Egídio e Robinho (mais à esquerda).

Porém, o primeiro gol saiu aos 17 minutos quando Robinho mesmo caído conseguiu passe pra Egídio que chutou mascado, desviou na zaga e enganou o goleiro: 1x0, mas era pouco. Palmeiras precisava de mais e mesmo assim não tirou o pé. Era ir pro famoso abafa para recuperar a bola e buscar mais gols. Porém, o time insistia em jogadas ineficientes como cruzamentos na área por parte de Jean e Robinho; Palmeiras não tem lá grandes jogadores em termos de estatura, salvo Alecsandro e Barrios que estavam bem marcados, ou seja, chuveirinho era inútil.

O alívio veio quando Allione recebeu belo passe de Alecsandro e bateu na saída do goleiro para fazer 2x0 no final do primeiro tempo. Porém, o Rosario Central estava vencendo o Nacional do Uruguai fora de casa. Veio o intervalo e o Palmeiras mesmo sabendo das remotas chances de se classificar não arredou o pé. Continuou em cima e buscando mais gols.

Se o time mantido do primeiro tempo não conseguia botar a redonda no barbante, Cuca tem banco para mexer. Colocou o ciscador Erik e quem diria, Cleiton Xavier. A torcida cobrava a presença dele em campo e com toda razão. Mesmo com pouco ritmo de jogo, chamou a bola pra si e distribuía passes de primeira que terminavam em boas conclusões do verdão. Cleiton revezava com Alecsandro pra ver quem buscava a bola no meio campo do Palmeiras ou esperava para receber dentro da área.

Foi de Cleiton Xavier o passe que Alecsandro se esticou todo e fez com que o goleiro desse rebote para Allione marcar o terceiro gol do verdão. Ainda deu tempo de Egídio encontrar Alecsandro que foi empurrado e converter o próprio pênalti sofrido para decretar a "parte" alviverde por um bom placar de 4x0. Fim de papo.

Palmeiras jogou bem nos dois últimos jogos, mas se analisarmos a campanha como um todo na Libertadores, a eliminação não foi de todo uma injustiça. Palmeiras começou a competição sem comando técnico e com carências no elenco. Só foi encontrar  tal padrão no jogo diante do Rosario Central fora de casa e , no fim, não adiantou. Marcelo Oliveira armava o time sem padrão nenhum, não tinha comando sobre o time, tanto que tomou um vareio tático do Nacional do Uruguai e do próprio Rosario Central que vencemos na sorte.

Palmeiras também pecou pela falta de contratações pontuais (aí, a culpa é do Sr. Alexandre Mattos que só serve pra fazer feira pro cozinheiro do Palmeiras; contrata tudo de baciada). Terminado 2015, acredito que até um esquimó que não acompanha futebol saberia dizer que o defeito do Palmeiras era a zaga e a ausência de um camisa 10. O que o Mattos fez? Baciada de volante (salvo Jean que é útil e muito bom), atacante, etc., ou seja, posições que não estavam carentes.

Veio o Cuca precisando fazer milagre e a "única" coisa que foi feita foi ter dado padrão de jogo pra essa equipe. Ao menos, parece que o time tem um comando e, acima de tudo, jogadores que agora talvez estejam mais comprometidos taticamente. Esse é o rumo que o Palmeiras tem que seguir no restante do ano de 2016. Mas pelo que foi investido, foi vergonhoso sair na primeira fase. Recuperem-se no Brasileirão agora.

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Leonardo Paioli Carrazza

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