Caros palestrinos, a situação está muito desconfortável para o Verdão. Palmeiras foi derrotado por 1x0 pelo Nacional-URU, em Montevideo, resultado que seria aceitável em condições normais, mas não na situação atual em que se encontra o time brasileiro. A única esperança seria uma vitória, mas ela não veio. Enfim, a estreia de Cuca foi pior do que o treinador poderia imaginar.
Para começar a partida, mudanças foram feitas. Time armado em um 4-2-3-1, mas que funcionava mais na base de um 4-3-3 com Dudu e Allione abertos em cada ponta e Zé Roberto fazendo (ou melhor, tentando fazer) a armação como meia. Gabriel retornou à equipe e fez dupla de volante com Arouca. A zaga contou com Edu Dracena realizando seu segundo jogo pelo verdão.
Mas desde o começo da partida, foi o Nacional que mostrou as caras. Toques de bola rápidos e cruzamentos que buscavam o bom Nico López. Palmeiras até se postava bem na partida, mas não conseguia fazer nada para agredir a equipe uruguaia. Jogadores do verdão as vezes recebiam a bola e estavam isolados, com poucas opções; velho problema que durou nos tempos de Marcelo Oliveira.
Para completar, na primeira etapa, Lucas e Egídio tiveram atuações para serem esquecidas. Olhar para a atuação de hoje e pensar "nunca mais devo jogar assim". Muitos espaços, pouquíssima efetividade no ataque, além de parecerem meio imaturos para uma competição que exige muito do emocional, a Libertadores.
A primeira etapa terminou em 0x0, mas com superioridade uruguaia. Veio a segunda etapa e Cuca já resolveu mudar. Saíram Allione e Egídio para entrada de Gabriel Jesus e Robinho. Com isso, Zé Roberto recuaria para a lateral esquerda, Robinho teria a função de meio campo e Gabriel faria uma das pontas. Mudança que não surtiu efeito.
Logo aos cinco minutos, Gonzales recebe na entrada da grande área (em posição que eu gostaria de rever), toca na esquerda e a bola é cruzada para Nico López (este em posição legal mesmo) fazer o único gol da partida.
Com a necessidade de buscar o placar, Cuca resolveu abrir o time de vez. Sacou o volante Gabriel para a entrada de Barrios, desta forma, com dois centroavantes de área: Alecsandro e Barrios. Mas curiosamente, o Palmeiras conseguiu chegar ao gol adversário apenas depois dos 39 do segundo tempo. Não foi o suficiente para que o Palmeiras saísse do Uruguai com pelo menos um ponto. Fim de papo.
O jogo era difícil. Notei algo diferente quanto à organização em campo; os volantes desciam mais ao setor defensivo para buscar jogo e, desta forma, os chutões e ligações diretas eram evitados. Porém, neste jogo infelizmente não havia espaços para testes de jogadas e as chances de não dar certo eram grandes. Realmente não deu certo, mas o complicado é que não existia outra maneira de buscar saída pro jogo. Para a próxima partida, pode ser que esse toque de bola dê algum resultado ou até mesmo em um campeonato a longo prazo.
Mexidas do Cuca foram bem feitas. A meu ver, Zé Roberto não conseguiu render bem no meio campo, se esforça, tudo mais, porém não tem físico para suportar uma partida de Libertadores. Cuca fez o certo ao tentar jogar o time para frente, porém, sinto que falta treinamento para melhor aproveitamento de jogadas ofensivas.
O Palmeiras não precisava de futebol, e sim de resultado. Palmeiras tentou jogar, não conseguiu e por consequência, saiu derrotado. Agora, a situação está bem complicada. É hora de treinar e muito para o jogo contra o Rosario. A guerra pode terminar com fim trágico ao Palmeiras.
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Leonardo Paioli Carrazza

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