Caros palestrinos, hoje vou comentar brevemente sobre o jogo Palmeiras 1x1 Cruzeiro de sábado, 21 de novembro de 2015, no Allianz Parque. Digo brevemente porque há um assunto que precisa ser melhor explorado, principalmente pelo fato de começarmos uma certa quinzena decisiva: a bipolaridade do time durante as partidas, isto é, o time "de um tempo só".

Começando pelo jogo de sábado, o mistão do Palmeiras entrou em campo apenas de corpo no primeiro tempo. Pouco corria, pouco era buscado. Tanto que o gol do Cruzeiro foi de uma falha (mais uma) bisonha de João Pedro que Marcus Vinícius concluiu brilhantemente. A raposa ainda se deu ao luxo de perder boa chance com William. Time apático demais na primeira etapa.

Veio a segunda etapa e Gabriel Jesus e Barrios apareceram bem na partida. Mais uma vez, com mais mobilidade e agora uma referência melhor, o paraguaio conseguiu emplacar o empate após passe de Egídio. De resto, ficou um jogo bem burocrático e sem emoção, mas com mudança de atitude da equipe palmeirense na segunda etapa.

E eis a questão: qual Palmeiras enfrentará o Santos nos dias 25 de novembro e 2 de dezembro? O dos primeiros tempos? O dos segundos tempos? Acredito que todos os palmeirenses estejam com esse mesmo questionamento.

Sinceramente, não adianta querer jogar apenas um tempo contra o Santos, caso contrário, realmente nosso ano de 2015 será jogado no lixo. Contra o Atlético Paranaense só foi visto um Palmeiras com brio e VONTADE DE DECIDIR depois do intervalo, embora os vacilos defensivos continuassem reinando pelo setor.

Por que será que a equipe não entra bem no primeiro tempo? Seria culpa do Marcelo? Difícil... pelo simples fato de o mesmo Marcelo Oliveira ter feito um Palmeiras efetivo no mês de Julho, com ótimas apresentações e jogos vencidos meramente no começo das primeiras etapas. Querendo ou não, nessa reta final, geralmente quem entra do banco de reservas é que vai bem.

Os últimos dois jogos comprovam e muito esse pensamento: Gabriel Jesus e Arouca deram outra dinâmica ao time em Curitiba, ao passo que Rafael Marques e Amaral parecia que afundavam e deixavam a equipe totalmente lenta. Contra o Cruzeiro, o mesmo Gabriel Jesus deu mais opções e o Barrios fez uma boa partida; curiosamente, quando começa de titular é difícil vê-lo buscando jogo.

E então, iremos com qual espírito para as grandes finalíssimas da Copa do Brasil: dos primeiros tempos horrorosos ou dos segundos tempos mais vibrantes? Lembrem-se, é a ÚLTIMA E AGORA ÚNICA chance de "salvar" o ano de 2015. De premiar um trabalho que até certo ponto vem sendo bem conduzido DESDE a sua montagem.
Compartilhe:

Leonardo Paioli Carrazza

Deixe seu comentário:

1 comments so far,Add yours

  1. É Léo, o Palmeiras não vem no seu melhor momento na temporada, longe disso, e isso preocupa bastante, por "sorte" o Santos também oscila, se antes o Palmeiras tinha boas chances por não estar tão distante do Santos em seu auge, agora tem chances por que o Santos começa a ratear, mas precisa como tu bem disse, manter um padrão durante os 180 minutos.

    ResponderExcluir