Amigos, Nação Corinthiana, estamos mais uma vez juntos, hoje para uma missão desagradável, que é analisar mais uma derrota em clássicos, algo que até pouco tempo era distante, mas tem se tornado comum, muita coisa mudou, mas ainda assim poderíamos ser mais competitivos nesses jogos. E quem olha para o título deve pensar que vamos aqui tirar os méritos do adversário, de forma nenhuma, apesar da rivalidade (que para nós é encarada de forma saudável, não odiamos adversário nenhum) sabemos reconhecer o grande jogo que fez o Santos, se aproveitando das lacunas deixadas pelo Corinthians, e do permissivismo da etapa inicial, construindo assim o placar final, que foi 2 x 0, uma dura missão para a volta, ainda mais sem o nosso garoto-gol, mas disso falamos no final.


No início o Peixe começou arrasador, partindo pra cima, sufocando, dando trabalho ao goleiro Cássio  (que para meia-dúzia estava acabado) que teve de fazer grande defesa para impedir a abertura do placar, o adversário era empurrado pela torcida e vinha pra cima, mas isso não durou tanto, o time não abriu o placar de cara e diminuiu o ritmo alucinante que vinha impondo, mesmo assim e aí vamos ao título do texto, as linhas do Corinthians estavam muito recuadas, no banco Tite dava a entender claramente que não queria isso, mas não dá pra saber de certo se é orientação ou o maldito "excesso de respeito" aos adversários que tem caracterizado essa passagem do consagrado técnico pelo clube, o que importa é que nesse jogo a postura foi extremamente negativa, mesmo com o jogo ficando morno, ficou claro que apenas uma equipe jogava e essa era a equipe da baixada, e quando há um domínio claro, mas morno do jogo mora o perigo, pois pode vir a desatenção, foi nisso que saiu o primeiro gol, esse ótimo jogador que é o Lucas Lima teve liberdade e descolou um passe alto genial, para por trás da zaga Gabriel (não o Beatle, esse é de outro rival) testou um balaço para vencer Cássio, estava então aberto o placar e o erro de postura ficou ainda mais claro, pois foi isso acontecer que o time reagiu na partida e equilibrou um pouco mais o jogo, ao menos apareceu no campo de ataque, e numa dessas descidas ao ataque, Luciano fez jogada individual e caiu com dores no joelho, o zoom da câmera da "RGT" (eles não gostam de mudar o nome das coisas dos outros, vamos mudar o deles), mostrou o ligamento do nosso talismã "indo pro saco", ele tentou voltar ainda guerreiro (o adjetivo, com a letra i) que é, mas estava claro que algo estava bem ruim, e depois a confirmação do rompimento do ligamento cruzado, está fora da temporada, e terminou dessa forma trágica a etapa inicial, ainda mais trágica por que entrara no jogo o ninguém, Vágner.


Quem nos acompanha sabe que já dissemos isso inúmeras vezes, mas sobretudo á meio do jogo, sem a necessidade de se preocupar em ter uma alternativa de banco, valia a pena ter avançado Renato Augusto ao ataque e ter colocado Danilo no jogo, isso não foi feito, veio o atacante que parece ter desaprendido a jogar e aquele mesmo enredo, perdas de bola bobas, um sujeito totalmente desengonçado. Ainda assim o time ao menos jogou futebol, não somos inferiores ao Santos, mesmo fora, o jogo era pra ter sido aquele do segundo tempo, se não fomos absolutamente melhores, ao menos o jogo foi de trocação franca, aquele primeiro tempo não existe, foi algo absurdo, que custou muito caro. Malcom, uma peça nula foi embora e entrou Mendoza, ele é só mais um pouquinho objetivo que o primeiro, mas muito pouco, o Corinthians é órfão nas duas funções de ataque, teremos de nos superar pra ganhar títulos jogando com nove. O time não tinha alternativa, o jogo era franco, rondávamos a área mas não tínhamos habilidade para penetrar (isso lembra uma eliminação recente), o Santos era mais efetivo quando descia, e veio o golpe final, temos a melhor defesa do Brasil sim, mas talvez isso não signifique tanto, afinal esse mesmo sistema defensivo cometeu um erro crasso no gol que matou o jogo, marcou a bola, assistiu e "aplaudiu" a troca de passes que culminou com mais uma assistência de Lucas Lima para Marquinhos Gabriel (olha só quem fez o gol) ficar na cara de Cássio e matar o jogo, só depois disso que Tite colocou Danilo em campo, para jogar 8 minutos, nem deveria tê-lo colocado então, o jogo caminhou para o fim com uma vitória acachapante do adversário e a situação muito difícil para a volta.


Não tenho nada contra Tite, muito ao contrário, tenho profunda admiração e reconhecimento pela qualidade do seu trabalho, suas conquistas, e também pelo homem digno que demonstra ser, mas seria omissão não falar da atuação infeliz do técnico, que mexeu mal e tardiamente, alterações previsíveis, um técnico com tal qualidade deveria ter cartas na manga diferentes, Danilo poderia ter entrado na vaga de Luciano quando da lesão, quando Malcom saiu o eleito poderia ter sido Matheus Pereira para dar um pouco mais de fundamento a criação e ainda sobraria uma mexida pra de-repente colocar o café com leite do Paraguai pra atrapalhar a zaga adversária, Tite precisa sair de uma zona de conforto, que o conhecendo acho que deva existir somente de forma inconsciente.


Para a volta perdemos o atacante que enxergamos após o PAN, ele voltou com confiança, e deixou de ser aquele jogador de 15 minutos para ser peça fundamental na nossa arrancada rumo á liderança do Brasileiro, Luciano está fora da temporada após romper o ligamento cruzado, e não tem substituição (ao menos não decente), a dúvida que paira em nossas mentes volta agora, arriscar tudo na formação inicial com Danilo e Renato juntos e ficar sem opção de banco para mudar o panorama do jogo ou administrar uma vantagem, ou passar raiva com "os Vagner" da vida? Eu arriscaria, e para mudar o panorama investia na garotada, com responsabilidade, mas os teria como opções de fato, e não como enfeites para acalmar a torcida.


Aqui nós somos Cronistas Torcedores, é claro que esse quadro tem toda a minha emoção, mas o lado comentarista precisa falar, ficou muito difícil, o Santos é um time que dificilmente não faz gols, se tomarmos um teremos de fazer quatro (isso me lembra uma eliminação, de novo) e não vislumbro com Vágner essa possibilidade, devolver o 2 x 0 é cabível sim, mas teremos de fazer um grande jogo e será dramático.


E para vocês, ainda dá? 


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Foto: Lancenet. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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