Olá fãs da velocidade! Nos reencontramos hoje para analisar o GP do Canadá de Fórmula 1. Prova seguinte ao conturbado GP de Monte Carlo, o grande prêmio canadense teve um Lewis Hamilton soberano em todos os aspectos. Rápido quando preciso, eficiente ao poupar gasolina e freios e vencendo de forma absoluta, consolidando ainda mais um domínio que parece longe de terminar. Rosberg, segundo colocado e único adversário na luta pelo título, vai precisar de muito sangue frio para não errar e aproveitar os vacilos do inglês, se quiser ter chances reais de levar o caneco. Bottas terminou em terceiro, devolvendo a Williams ao pódio. Massa, depois de problemas no treino classificatório, terminou em um excelente sexto lugar! Já Nasr sofreu com a Sauber e terminou em 16º, o penúltimo dos que completaram. Vamos a crônica da corrida deste domingo:



A prova começou atípica. Numa largada onde geralmente ocorrem acidentes, todos passaram limpos. A pista estava seca e a previsão de chuva era mínima. Sim, seria uma prova diferente.
Diferente em alguns aspectos, pois Hamilton manteve a ponta e logo abriu. Räikkönen chegou a colar em Rosberg na segunda posição, mas o alemão superou a pressão e se manteve firme. Bottas também seguiu em quarto e manteve o ritmo dos ponteiros.

No pelotão traseiro, Vettel fazia uma estratégia diferente. Ao largar de pneus supermacios, pararia ainda nas primeiras voltas, trocando para os compostos macios. Enquanto o alemão parava nos boxes, Felipe Massa, outro que tinha a missão de escalar o grid, fazia uma bela ultrapassagem sobre Marcus Ericsson. A manobra do brasileiro foi digna de elogios, assim como a corrida que o mesmo faria. Porém, se o brasileiro quer realmente demonstrar o que vale, é preciso mais constância e arrojo, em todas as provas...


A prova seguiu com o ritmo de sempre nas primeiras posições. Nenhuma sombra de briga entre nenhum dos quatro primeiros colocados. A Lotus vinha bem, com Grosjean ocupando a quinta posição e Maldonado, o sétimo lugar. A essa altura, os destaques eram aqueles que todos já imaginavam. Com equipamento bastante superior aos demais, Massa e Vettel abriam caminho e já encostavam na zona de pontuação. Enquanto isso, após o primeiro pit-stop, um dos erros mais doídos dos últimos tempos. Räkkönen tracionou mal o carro e rodou no hairpin, assim como fizeram no ano passado. O erro lhe custaria a terceira posição para seu compatriota Bottas, porém mais que isso, um indício de que a carreira do velho finlandês pode estar chegando ao fim. Frequentes erros nos treinos tem lhe custado posições no grid de largada, e também a possibilidade de chegar à frente do companheiro de equipe. O desempenho pouco convincente e bastante inferior ao companheiro de equipe, aliado ao fato de que seu contrato se encerra ao fim da atual temporada, deixa as portas de saída escancaradas para Kimi. Isso, em nada, tira o brilhantismo de toda a sua carreira e seu título mundial. O que fica é apenas o sentimento de que um dos grandes dos últimos tempos deve estar de saída...

Voltando ao GP, Rosberg começaria a virar mais rápido do que Hamilton repentinamente! Cresceu a expectativa de uma briga interna, pois à metade da prova, a distância era inferior a um segundo... Pobres mortais somos nós, Hamilton poupara equipamento. Na volta seguinte, os três décimos foram como um balde de água fria na cabeça de Nico, e o aviso de que, quem manda na corrida, é de novo o inglês bom de roda! Enquanto chegávamos à metade da prova, Vettel se estabeleceria em quinto, depois de ultrapassar Maldonado e Massa, numa inteligente estratégia por parte da Ferrari. O brasileiro, após sua única parada, teria o venezuelano a sua frente, ocupando o excelente sétimo lugar, que viraria sexto após a ultrapassagem sobre Pastor Maldonado. Maldonado que não só completou sua primeira prova no ano, além de marcar os primeiros seis pontos, fez uma corrida consistente, não cometendo erros.

Quem errou, e bastante foi Grosjean. O francês companheiro de Pastor jogou a excelente prova que fazia no lixo após tocar na Manor de Merhi. Ambos tiveram de ir repentinamente aos boxes, pois o toque fora na chicane que antecede a reta de chegada. Por fim, Grosjean ainda foi considerado culpado e teve cinco segundos acrescidos ao seu tempo total de prova, terminando apenas no décimo lugar.

A chicane do início da reta de chegada de Montréal também foi palco para outras interessantes brigas. Vettel foi envolvido em ambas, no duelo contra Alonso (que sequer terminou a prova) e contra Hülkenberg. Os casos foram muito semelhantes, e em minha opinião, toques de corrida. Nenhum dos pilotos (nos dois incidentes) quis perder a posição, e aquele que ficou por fora pagou o preço (Hülk teve de pagar mais caro, rodando e perdendo a posição para Massa). Disputas assim devem ocorrer durante a prova. Aumentam a emoção e a rivalidade, duas coisas perdidas pela F1 nos últimos tempos, e com certeza, não são passíveis de punição. Grosjean sim, passou um pouco do ponto. De qualquer forma, ainda assim, eu relevaria o caso, já que o francês prejudicou a si mesmo com o toque em Merhi.


Não havia mais tempo, nem esperanças de que algo a mais acontecesse. Hamilton controlou Rosberg como ninguém, e deu mais que um passeio na pista, um banho psicológico no companheiro, que é cada vez mais visivelmente inferior ao inglês. Vitória de Hamilton, 37ª em sua carreira. O inglês abre 17 pontos de vantagem para Nico Rosberg na liderança do mundial. Vettel salvou excelentes pontos no quinto lugar e se manteve na terceira posição do mundial de pilotos, com 108 pontos. Räikkönen vem muito longe com 72, seguidos por Bottas com 57. No mundial de construtores, a Mercedes foi a 285 pontos, 105 a mais que a Ferrari, segunda colocada. A Williams segue na terceira posição, com 104 pontos.

Confira a classificação do GP do Canadá:

1: Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
2: Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
3: Valtteri Bottas (FIN/Williams)
4: Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)
5: Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)
6: Felipe Massa (BRA/Williams) 
7: Pastor Maldonado (VEN/Lotus)
8: Nico Hulkenberg (ALE/Force India)
9: Daniil Kvyat (RUS/Red Bull)
10: Romain Grosjean (FRA/Lotus)
11: Sergio Pérez (MEX/Force India)
12: Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)
13: Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)
14: Marcus Ericsson (SUE/Sauber)
15: Max Verstappen (HOL/Toro Rosso)
16: Felipe Nasr (BRA/Sauber) 
17: Will Stevens (ING/Manor Marussia)

Não completaram: 
Roberto Merhi (ESP/Manor Marussia)
Fernando Alonso (ESP/McLaren)

Jenson Button (ING/McLaren)

A próxima etapa será na Áustria, mais precisamente no Red Bull Ring. Ansioso para a próxima corrida? Gostou do GP canadense? Deixe sua opinião, crítica e/ou sugestão para aprimorar nossas análises. Adeus pessoal e até breve!


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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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2 comments so far,Add yours

  1. Será que alguém pode ensinar o Luís Roberto a pronunciar o nome do Lewis Hamilton?

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    1. Tava bem divertido o Luís Roberto na transmissão, ele comete alguns erros, mas paciência, não acho que prejudique o trabalho dele, essa de falar "Louis" é clássica, fazer o quê, ele aprende sozinho ou com o Regi qualquer hora dessas...

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