Olá fãs do melhor futebol do mundo! Nos encontramos novamente num dia especial para o futebol europeu. Depois de muita expectativa após o sorteio, os jogos de ida das semi-finais da UEFA Champions League já se realizaram, e trouxeram resultados inesperados para a maioria dos palpiteiros. Uma Juve autoritária e que estabelece boa vantagem, e um Barcelona seguro, que ameaçou o tempo todo e conquistou uma vitória acima de tudo necessária, após o vexame do último confronto entre ambos os times.
Bem, apesar do primeiro panorama, ainda temos as partidas de volta, que ocorrerão na semana que vem. Na terça-feira, o Bayern vai pro tudo ou nada em Munich, e na quarta, é a vez de Juve e Real duelarem no Santiago Bernabéu. A vantagem comum dos perdedores é que ambos jogarão a volta em casa, mas terão dificílimas missões pela frente. Acompanhamos juntos o que se passou nesta primeira semana de decisão nas semis da Champions League.

Em Turim, Juve surpreende e sai na frente do Real

Tida como a "zebra" entre os quatro restantes, a Juventus era o adversário ideal para qualquer um dos outros três semifinalistas. Quem tirou a "sorte" foi o Real Madrid, mas na partida de ida no Juventus Stadium a equipe madrilenha viu seu barco afundar diante de um mar de torcedores enlouquecidos, e teve como toque final um lance de superação, garra e técnica, de um dos jogadores que pode definir o confronto inteiro: Carlos Tévez.

A partida começou quente. Chances apareceram para cada lado, mas logo de cara, quem as aproveitou foi o time italiano. Tévez recebeu sozinho na entrada da área, e bateu cruzado, Casillas deu rebote nos pés de Morata, que não perdoou, 1 a 0 aos cinco minutos de jogo. O ritmo do jogo não esfriou e as chances continuava a aparecer. Ainda na primeira etapa, James Rodríguez dominou bem a bola dentro da grande área e a elevou para a cabeça de Cristiano Ronaldo, sozinho na pequena área, para deixar tudo igual em Turim, 1 a 1.

Daí em diante, as chances foram diminuindo, pensou que o jogo esfriou?? Que nada, a tradição dos times e a vontade de vencer dos elencos esquentavam ainda mais esse clássico europeu. Chiellini volta e meia se estranhava com Ronaldo. Em certo momento, o italiano acabou recebendo uma cotovelada e teve de colocar uma faixa sobre o corte, além de trocar a camisa. Era uma guerra entre dois gigantes do futebol mundial, que seria decidida num lance típico de superação.


Veja as imagens de Juventus x Real Madrid (Fotos: Marco Bertorello/ AFP)O Real Madrid pressionava, quando Tévez pegou  sobra antes do meio campo. Carregou, carregou, carregou mais um pouquinho, até a grande área. Na afobação de ver o adversário avançando cada vez mais, Carvajal acabou por dar um carrinho mal executada justamente dentro da grande área, pênalti bem marcado. Tévez chamou a responsabilidade. Depoisde arrancar rumo ao gol e ter sua trajetória parada antes do destino final, bateu o pênalti com calma e precisão, recolocando a Juve na liderança. Com pouco mais de 30 minutos para o fim do jogo, Massimiliano Allegri decidiu esfriar o ritmo do jogo. Esperou a hora certa e reforçou ainda mais a defesa, criando uma barreira intransponível na área italiana. O Real bem que tentou, mas a força de vontade da Vecchia Signora falou ainda mais alto, e os italianos seguraram a importante vitória até o último minuto.

A vitória dá alguma vantagem ao esquadrão italiano. O empate classifica a Juve, porém, a vitória por 1 a 0 favorece o Real Madrid. Podemos pensar numa Juventus concentrada em defender no Santiago Bernabéu. Se não sofrer gols, o time fatalmente chegará a final, e Allegri deve aproveitar a tradição dos times italianos e seu estilo de jogo defensivo para evitar a eliminação. Na frente, os ataques devem estar encarregados principalmente do grande destaque do time até aqui, Carlitos Tévez. Com velocidade e persistência, o atacante é fundamental num jogo que deve basear-se no contra ataque para o time italiano. Pelo lado madrilenho, é importante ter Cristiano Ronaldo e Bale num bom dia. Sem Modric e Benzema, o time espanhol perde muito na criação e na definição de jogadas. A dupla de ataque não atuou bem em Turim, e precisa de um melhor desempenho em Madrid, arriscando mais jogadas individuais e chutes de longa distância (especialidade de ambos), afinal, se quiser passar, tem que marcar!

No Camp Nou, Barcelona encurrala Bayern, mata no final e se vê perto da vaga

O confronto mais aguardado das semifinais. De um lado, Guardiola e seu "dream team", recheado de craques, goleadas e de títulos. Do outro, um Barcelona que ainda não ganhou nada, mas pode ganhar tudo. O jogo de hoje não colocou só criador vs criatura, mas sim uma nova criatura contra um antigo criador. Leo Messi agora arma e participa do jogo do Barça. Mesmo sem marcar, ajuda na criação das jogadas, e hoje, foi importantíssimo numa vitória autoritária sobre o Byern München.

A partida começou como deve ser um jogo de futebol. Aberta e com ataques qualificados de ambos os lados. Nos primeiros minutos, Barça e Bayern tiveram chances pra abrir o placar. Nas melhores delas, Suárez parou em Neuer; já Lewandowski errou o que não costuma perder. A partida seguiu equilibrada, agora porém mais estudada, com mais toques de bola. As equipes não arriscavam sequer um chute de longa distância. A falta de ousadia tornou o jogo mais parado, com menos oportunidades e consequentemente, mais pegado. O primeiro tempo acabou num 0 a 0, mas o placar não ficaria assim...

Na segunda metade o Bayern pouco pressionaria. Sequer acertaria o gol do alemão Ter Stegen. Enquanto o reserva da seleção não trabalhava, o titular era pra lá de exigido. Messi sentia a necessidade e arriscou forte da meia lua, mas Neuer estava muito bem posicionado. Pouco depois, Neymar seria acionado em profundidade, e novamente o goleiro alemão precisou estar atento e pressionar o brasileiro na intermediária, jogando a bola pela linha lateral.



O Barça chegava perto do gol, mas o tempo passava, e cada vez mais rápido. O Bayern pouco lembrava aquele dos 6 a 1 sobre o Porto. É o "velho-novo" problema do time de Guardiola, a irregularidade...
Já faltavam menos de 15 minutos, quando Neymar caía na área pedindo pênalti. Rizzoli nada marcaria, mas esse lance mudaria a história do jogo, e a favor do Barcelona. Na sequência do lance, Daniel Alves roubou a bola de Bernat e tocou para Messi, que abriu pra canhoto e soltou o canhão, de fora da área, sem chances pra Neuer, 1 a 0 e festa em Barcelona.

O Bayern se descontrolou. Em bola lançada errada, o Barcelona armou novo contra ataque. Messi se desmarcou e Rakitic viu. Só sobrou Boateng e o argentino, Boateng e o argentino... Em seu melhor momento no jogo, Messi deixou o zagueirão no chão e encobriu Neuer, uma pintura no Camp Nou, 2 a 0 em três minutos. Luis Enrique estava satisfeito com o placar e colocou Xavi no lugar de Rakitic, cadenciando mais o jogo. Se o comandante não queria mais jogo, tinha quem queria. Neymar saiu em disparada, recebeu bom passe em profundidade, ameaçou, tirou Neuer da jogada e fechou o placar, com estilo, pra firmar seu lugar no time, e deixar o seu time como um pé em Berlim.

A partida em Barcelona deixou claro o problema já alertado do time de Guardiola: a gigante irregularidade. Se contra Shakhtar e Porto, os alemães golearam em Munich, agora o buraco é bem mais embaixo... O Barcelona de hoje mostrou qualidade, velocidade, personalidade e domínio, de bola e do adversário. Controlou o jogo, e não marcou antes graças a Neuer. As grandes atuações dos catalães credenciam ainda mais a equipe a conquistar o favoritismo para o jogo da volta, e já também causam arrepios nas equipes da outra semifinal, que prometem um jogo digno de final de UEFA Champions League.

A reta final da maior competição interclubes do mundo também vai chegando ao seu fim. O que vimos esta semana foi uma mescla do futebol de garra e perseverança com a qualidade de um elenco recheado de estrelas. Seja qual for a final, as semifinais já dão uma ideia do que vai sobrar no dia 5 de junho: bom futebol e vontade de sobra para se tornar o novo campeão europeu. Que vençam os melhores!
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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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