Caros leitores e torcida palestrina. Vim hoje comentar sobre o princípio de um enredo não muito agradável do filme "Asa Negra". Aquele mesmo que aconteceu e foi gravado em 2002. Porém, desta vez o cenário era outro, mais modernizado, mas os protagonistas continuavam os mesmos: Palmeiras e ASA (Agremiação Sportiva Arapiraquense).
 
Era fácil notar que apesar da fase ruim que o time alviverde atravessa, poucos poderiam imaginar que um time armado por um técnico ofensivo mal iria conseguir furar um ferrolho do seu adversário. E, além disso, parece mesmo que a paciência da torcida está chegando nos limites (tal torcida que sempre teve paciência desde 2003!). Só ver o público baixo pros padrões do Palmeiras em 2015.
Allianz Park "vazio" (fonte: uol.com)
Mas enfim, o futebol é legal! Vamos falar do jogo. O árbitro Rodolfo apita o início da partida e o Palmeiras toma conta da cancha. Será que dessa vez vai? O alviverde insistia em jogadas pelo meio, mas a brilhante retranca alagoana fazia muito efeito. Coube ao verdão criar boas jogadas pelos lados do campo, com os laterais Lucas e Egídio e ver Cristaldo e Kelvin perderem boas chances de abrir o placar. Palmeiras vinha bem no primeiro tempo. Agora era só insistir porque "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".
 
Mas o verdão não conseguia mais agredir o ASA. Chegava com bons toques de bola da defesa para o meio campo (Arouca muito bem nas recuperações de posse de bola), mas na hora de dar aquele último toque pra deixar os atacantes na cara do gol, o time pecava. Chutar de fora da área? Nem pensar! Por que? Pra furar ferrolhos, nada melhor do que um chute de fora da área!
 
Enfim, veio o intervalo e pela intensidade do primeiro tempo, o torcedor alviverde tinha 90% de certeza que aquela pegada garantiria pelo menos um tento alviverde. Porém, o adversário também tem 11 jogadores. Praticamente só desarmavam e destruíam as jogadas no primeiro tempo. E o ASA começou a botar as asinhas de fora e controlar mais a bola a pedido do treinador Vica.
 
Aí o palmeirense olhava para o banco de reservas e via nomes como Cleiton Xavier, Zé Roberto, Leandro Pereira. E o 0x0 persistia. Oswaldo então tentou botar um 6 por meia dúzia ao colocar Leandro Pereira no lugar de Cristaldo, quem sabe para o verdão melhorar as jogadas aéreas. Alan Patrick e Arouca deixaram o campo para as entradas de Cleiton Xavier e Zé Roberto.
 
Mas o mal do Palmeiras não sarava. A qualidade chegava nas redondezas da área do goleiro Pedro Henrique, mas faltava a finalização. Novamente, boas jogadas pelas laterais, mas quem perdeu chances boas de abrir o placar dessa vez foram Leandro Pereira, Kelvin e Zé Roberto. Até quando essa má finalização seguirá atrapalhando os planos alviverdes? Quem sabe também um pouco mais de coragem pro ataque chutar mais a gol? Acho que para um técnico ofensivo em sua essência, um time passar mais de 270 minutos sem marcar um golzinho sequer é muito grave.
 
 
De resto, o ASA foi muito bem dentro da sua proposta de jogo. Soube desarmar as jogadas alviverdes (não fez cera como muito time - até mesmo dos chamados grandes - costuma fazer) e também contou com a tranquilidade do goleiro Pedro Henrique para defender bolas até certo ponto complicadas de Kelvin e Zé Roberto.
 
Agora nada mais resta ao torcedor alviverde ter esperanças de que a tal "má fase" seja destruída em um derby na casa do Corinthians. Mas isso preocupa demais. E a cara do treinador alviverde na partida de ontem vem refletindo muito a expressão de muito torcedor palmeirense. Oswaldo de Oliveira que inclusive foi bastante vaiado após o fim da partida. A paciência vai acabando.
Oswaldo de Oliveira foi vaiado ontem (fonte:lancenet)
Agora só nos resta esperar a segunda metade do filme "ASA Negra". Dessa vez quem sabe, com final feliz para o lado verde da história.

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Leonardo Paioli Carrazza

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