Meus amigos, Nação Corintiana, foi no sufoco, mas o Timão conquistou mais três pontos nessa luta pela Libertadores, uma luta duríssima, e que será motivo de tensão até o fim da competição, afinal, a reata é final, e todos estão no seu limite extremo. Vencemos sim, mas passamos muitas dificuldades contra o Bahia, não jogamos bem, não jogamos o que podemos, e isso preocupa muito, direi a razão no fim do texto.


O jogo foi tenso, sobretudo na etapa inicial onde foi extremamente irritante como o Corinthians nivelou-se por baixo, rifando todas as bolas, dando no pé do adversário, que ganhava campo, o Bahia teve mais a bola e com isso igualou as ações do jogo, teve muitos escanteios e quase nos surpreendeu neles, chegou a abrir o placar, só que em posição de impedimento, o gol foi bem anulado, mas infelizmente eu enxergo, e li por ai que se era contra o Corinthians, tinha de validar o gol ilegal, é esse o "caráter" de muitos Brasileiros, isso é o reflexo do país, ninguém quer saber do que é o certo, querem saber do que lhes favorecem. Mas voltando ao jogo, saímos na frente sim, na etapa inicial com Malcom, após lançamento genial do nosso craque do gol, Cássio, foi um lance realmente muito bonito, porém só, eu simplesmente me recuso a aceitar, que mesmo jogando fora de casa, mesmo o Bahia no desespero para não cair, esse adversário tenha mais volume de jogo que o Corinthians, tem gente que deprecia o elenco (talvez para limpar a barra de Mano), mas temos peças muito superiores, com todo respeito ao Bahia.

Já na etapa final voltamos com uma postura digna de Corinthians, acho que houve uma resenha no vestiário para que não sentássemos no resultado, por que isso favoreceria o Bahia, isso durou 15 minutos, as trocas de passe, as triangulações, a bola no chão, o time produz muito mais dessa forma, é claro que a ligação direta é interessante, para os contra-ataques, saiu um gol assim, mas o ideal quando a defesa adversária está postada, para um time com a qualidade no meio que temos, é a saída com a bola no pé, e nesse período isso funcionou, porém, depois o ritmo do time caiu, Charles Fabian, que assumiu após a saída de Gilson Kleina passou a mexer no time, que foi empurrando o Corinthians para trás, quando tínhamos a bola conseguíamos triangular sim, mas as vezes em que isso acontecia eram cada vez mais raras, a coisa foi ficando feia, e o Bahia acabou achando o gol de empate com Kieza, em jogada de Barbio que havia sido uma dessas opções do treinador, justo na vaga de Galhardo, que tanto trabalho havia nos dado nas bolas paradas.


Eis que dentre as mudanças feitas por Mano, uma delas contempla a entrada de um craque, um gênio, em fim de carreira sim, independente do engraçado apelido "Zidanilo", (que eu particularmente como fã de Zidane não gosto muito), é um jogador de visão diferenciada, de um toque diferenciado, um jogador que tem a capacidade de decidir partidas em um lance, e uma bola, e mais uma vez como tantas, foi isso que ele fez, iniciando a jogada, para depois como já é característico, cortar no bico da área pra direita, e meter de trivela, até encontrar a cabeça de outro grande jogador, Renato Augusto, para marcar o gol da vitória, o gol que mantém o time firme na luta pelo G4, e não foi só esse lance, ele mais uma vez modificou a partida, trouxe o Corinthians para a entrada da área do Bahia, fez o jogo girar em torno dele, até o gol, e conseguido o objetivo, foi em torno dele também que girou a bola, até que o juiz finalmente encerrasse a partida. Daí vocês podem se perguntar; "Garcia, Cara Pálida, se o cara é esse craque, por que ele não joga as partidas desde o início?". Lhes respondo com todo o prazer, Mano é o treinador, vocês acham que Danilo, em latente declínio físico, iria aguentar, iria ajudar em algo nesse jogo de bolas "vadias", de bolas chutadas pra correria do primeiro tempo? Evidente que não, ele é útil quando colocamos a bola no chão e fazemos valer nossa superioridade técnica, o mais engraçado é que no nosso time onde tudo está as avessas (muito por culpa de quem o comanda), isso acontece quando nos outros time sim, é hora da correria, de levantar freneticamente bolas na área para o "bumba-meu-boi", o Corinthians bota a bola no chão e joga quando precisa, e nisso Danilo acaba (infelizmente), sendo mais útil e decisivo, nessas horas, na hora de garantir um resultado, seja na situação adversa, ou na situação em que precisamos colocar a bola no chão e fazer o tempo passar.

Para finalizar, quero lhes falar de minha preocupação em relação a vaga na Libertadores, a minha visão é a seguinte, temos como adversários o rival (que já está com a mão na vaga), Grêmio, Fluminense e Inter, temos dois deles pela frente ainda, é um consolo, temos de fazer nossa parte, vencer Goiás e Criciúma, não perder desses rivais diretos, porém, vejo os dois adversários que temos pela frente jogando um futebol melhor que o Corinthians, sobretudo o Grêmio, o Inter é que está rateando e vive uma situação também de possível mudança de técnico, ou seja, qualquer vacilo que dermos, sobretudo contra Goiás e Criciúma pode custar a vaga na Libertadores e destruir de vez o planejamento, dois anos seguidos fora da competição que é a principal do continente. O quadro é de tensão, beira o alarmante, vamos acreditar até o fim, mas precisamos jogar os 90 minutos de cada partida, com a postura que temos quando estamos atrás no placar, ou então corremos sérios riscos, vamos mudar essa postura, o conformismo visto em grande parte do jogo de hoje, independente da situação do adversário não pode ser tolerado.


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Imagens: Getty, Site Corinthians.
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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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