Amigos, é evidente que a minha aposta inicial para esse confronto era a Costa Rica, mas eu conheço bem (e poucos conhecem, essa é a realidade) o time Grego, sabia que não seria nada fácil, sabia que se eliminada, a Seleção Grega venderia caro. E o treinador do time Grego, Fernando Santos tomou todas as decisões corretas, tanto na escalação quanto no decorrer do jogo, o que promoveu o bom jogo Grego contra a Costa Rica.
A Grécia escalou bem o time, com uma formação leve, com a coragem de deixar do lado de fora Katsouranis, deixando Maniatis segurando a marcação para soltar um dos alas, neste caso o Holebas, Karagounis cadenciando o jogo, com Samaris fazendo a transição para os leves atacantes escalados. Apesar do acerto na escalação Grega, o time Costarriquenho é mais perigoso, teve as principais chances de gol na 1ª etapa, apesar do maior volume de jogo a Costa Rica só conseguiu abrir o placar, e com um golaço, aos 6 minutos da etapa final de jogo, com Bryan Ruiz, outro baita jogador "digassi di passagi", do time da Costa Rica.
Mas após o gol o time da Costa Rica morreu, recuou, deu campo á raçuda equipe Grega, que por mais que não tenha jogadores de grande habilidade, é uma equipe técnica, que quando precisa ir pra cima sabe tocar, sabe o que fazer com a bola, não á toa arrancou a vaga partindo pra cima da Costa do Marfim no jogo final da 1ª fase. E se a coisa á cada minuto que passava ficava mais feia pro time que representa a Concacaf, ficou ainda pior quando em falta estúpida, o zagueirão Duarte (que tem nome de atleta de Luta Livre), acabou expulso, era o que a Grécia precisava para partir pra cima com ainda mais impeto, Fernando Santos que já havia colocado Mitroglou no jogo, colocou Gekas na vaga de Salpingidis, passando á ter atacantes de maior poder de definição, botando constantemente a bola na área, sem sucesso, sobretudo quando a bola chegava em Gekas, era maltratada, parecia que o gol não sairia.
A cartada final Grega foi também interessante, o técnico tirou Maniatis que só marca, para colocar Katsouranis, afinal, naquela altura não era mais necessário ter um primeiro volante clássico, Katsouranis pode fazer todas as funções entre o meio e o ataque, foi visto tirando bolas na defesa, fazendo a saída de bola e dentro da área como praticamente um quarto atacante, tanta insistência merecia ser premiada, e foi com o gol de Sokratis após bate-rebate na área.Na prorrogação o jogo foi aquilo, a Grécia atacava o quanto podia com um homem á mais e melhor fisicamente, mas a Costa Rica soube defender-se bem, e encaminhar o jogo para as cobranças penais, onde faria história. As cobranças iam bem, cobradas com categoria, até que Gekas (que errou tudo o que tentou com a bola rolando), foi infeliz também no pênalti, que acabou defendido pelo goleiraço Keylor Navas, classificando assim a Costa Rica para encarar a Holanda pelas quartas de final da Copa, no sábado, ás 17h na Fonte Nova.
Difícil falar em justiça no futebol, podemos falar em volume de jogo, nesse aspecto a Costa Rica até o gol era levemente melhor, mas após fazer o gol, o time Grego tomou conta da partida, muito por conta da permissividade da Costa Rica também, mas os Gregos tiveram mais volume. Porém, não souberam o que fazer embaixo do gol muitas vezes, poderiam ter virado o jogo antes mesmo da prorrogação, deram sopa ao azar e permitiram que a partida fosse aos penais e se deram mal.
Parabéns á Costa Rica que ratifica sua campanha histórica, o único sobrevivente do "grupo da morte", (eu não acreditava que seria esse grupaço por conta de como as três outras seleções chegaram a Copa, quem nos acompanha sabe, mas enfim), de todo modo é um feito histórico, que aconteça o que acontecer frente a Holanda, não será apagado.
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Imagens: Getty Images, Esporte Interativo.
Concordo plenamente! O time grego sofre com enorme preconceito, alegando que o seu único recurso é a bola aérea. Mas quem realmente conhece essa equipe sabe que possui bons jogadores e é excelente tecnicamente. Os dois laterais avançam frequentemente à linha de fundo e o meio de campo gira bem a bola. Precisa melhorar o seu velho problema de marcar poucos gols. Antes de criticá-los, a mídia deveria criticar o Brasil de Felipão, incapaz de botar sequer UMA bola no chão, sem toque de bola algum e jogando a base do chutão o jogo TODO, com atletas omissos e limitados. Karagounis foi um monstro, com quase 40 anos correu o campo todo durante 120 minutos. LENDÁRIO! Infelizmente o Gekas não acertou NADA e, ainda por cima, perdeu o penalti. Jogador horroroso! Além disso, o goleiro Karnezis me parece fraquíssimo. Fez falta um grande goleiro, como Navas foi pela Costa Rica. Aprendi a admirar essa seleção a partir da classificação heróica à quartas da Euro 2012. Estava torcendo pela Grécia, e apesar da eliminação essa geração fez história! Fico feliz com a evolução do futebol grego (Olympiakos também quase chegou às quartas da Champions), que apresenta uma nova geração de jogadores promissores, tais como Manolas, Papastathopoulos, Kone, Samaris, Chistodoulopoulos, Mitroglou (não foi bem na Copa, pois praticamente não atuou esse ano em virtude de lesões) e Fetfatzidis. Perde com a saída de Fernando Santos, excelente treinador. Espero ve-los brilhando novamente na Euro 2016 e na Copa de 2018. Serviram de exemplo ao mundo todo, ao recusarem a premiação em dinheiro e afirmarem que vestem a camisa da seleção por seu país e pelo seu povo! Povo este que deve se orgulhar do feito inédito alcançado! "Heróis jogam como os gregos"
ResponderExcluirMuito boa a sua explanação, o Karnezis sempre me pareceu um bom goleiro, longe de Nikopolidis, mas bom goleiro. Há que se lamentar a questão MItroglou e a pouca utilização de Fetfatzidis, que poderia ter ajudado mais o time.
ExcluirÉ o fim para Karagounis e Katsouranis, Kone é bom jogador, mas esses dois eram pilares técnicos desse time.
Obrigado pela participação!